Associação entre polifarmácia, adesão à farmacoterapia e qualidade de vida em pacientes com doença renal crônica: um estudo preliminar na Amazônia Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.15343/0104-7809.202549e17452025IPalavras-chave:
Doença Renal Crônica, Adesão ao Tratamento, Qualidade de VidaResumo
A doença renal crônica é uma condição progressiva que requer manejo farmacológico complexo, sendo a polifarmácia altamente prevalente e potencialmente comprometedora da adesão ao tratamento e da qualidade de vida. Este estudo transversal incluiu 52 pacientes com doença renal crônica atendidos em hospital regional no norte do Brasil. Seu objetivo foi examinar a associação entre polifarmácia, adesão ao tratamento e qualidade de vida. A adesão foi avaliada por meio do Teste de Morisky-Green, enquanto a qualidade de vida foi mensurada com a versão abreviada do instrumento WHOQOL-BREF. Os resultados demonstraram que 65% dos pacientes apresentaram adesão moderada, enquanto 35% exibiram baixa adesão, a qual esteve significativamente associada a escores mais baixos de qualidade de vida, especialmente nos domínios físico e psicológico. Sexo feminino, maior nível de escolaridade e tempo recente de diagnóstico (1 a 3 anos) foram preditores de melhor adesão. As análises estatísticas incluíram testes do qui-quadrado e regressão logística, com nível de significância de 5% e ajustes para variáveis sociodemográficas. Esses achados reforçam o impacto negativo da baixa adesão à farmacoterapia sobre a qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica e destacam a importância de intervenções direcionadas, incluindo revisão individualizada da farmacoterapia, programas de educação em saúde e apoio psicossocial, para melhorar a adesão e promover o bem-estar dos pacientes.
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