Saúde mental e acesso à saúde em populações em situação de vulnerabilidade no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15343/0104-7809.202549e17022025PPalavras-chave:
Vulnerabilidade, Saúde, Acesso, Discriminação, Equidade, MinoriasResumo
Populações vulneráveis, incluindo pessoas em situação de rua, LGBTQIAPN+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, queer, intersexo, assexuais, pansexuais, não-binário e outros grupos e variações de gênero e sexualidade), população negra e indígenas são mais suscetíveis a transtornos mentais e enfrentam diversas barreiras no acesso à saúde. No entanto, a literatura científica ainda carece de um estudo que sintetize os achados a respeito desse tema. Este trabalho sintetizou a relação existente entre saúde mental e acesso à saúde entre grupos vulneráveis no Brasil. Realizou-se uma busca no PubMed, LILACS e Google Scholar com base na questão: “Qual é a relação entre saúde mental e acesso à saúde em populações em situação de vulnerabilidade no Brasil?”. Foram identificados 578 registros, dos quais 7 preencheram os critérios de inclusão. A população LGBTQIAPN+ apresentou pior acesso à saúde devido a questões financeiras e preconceito. Estigmatização, discriminação social e falta de recursos influenciaram no acesso à saúde mental e qualidade do cuidado pela população em situação de rua. Raça/etnia e baixa escolaridade foram os principais fatores associados ao menor acesso ao diagnóstico e tratamento da depressão pela população negra. Os dados coletados a respeito da temática na população indígena foram inconsistentes, impossibilitando uma análise conclusiva para esse grupo. É fundamental a implantação de políticas públicas que visem a melhoria da disponibilidade e qualidade dos serviços de saúde para as populações em situação de vulnerabilidade, a fim de reduzir as desigualdades de acesso na população brasileira e mitigar seus impactos sociais e econômicos.
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