Saúde mental e autorregulação emocional em docentes do Ensino Secundário

Resumo

O estudo teve como objetivo avaliar a influência da autorregulação emocional no manejo da depressão, ansiedade e estresse em professores do ensino secundário da Unidade de Gestão Educacional Local de Puno. Trata-se de um estudo básico, de abordagem quantitativa, do tipo descritivo correlacional, com uma amostra de 150 professores do ensino secundário, utilizando o “Teste de avaliação socioemocional” e o “DASS-21” para medir depressão, ansiedade e estresse. Aplicou-se a correlação de Pearson e um modelo de regressão linear múltipla. A pesquisa revelou uma correlação negativa significativa entre as variáveis estudadas, destacando-se que o estresse possui o maior efeito negativo sobre a autorregulação. Conclui-se que existe, sim, relação entre as variáveis; além disso, professores com maiores habilidades de autorregulação apresentam menores níveis de depressão, ansiedade e estresse. Ao analisar os dados por meio da regressão linear múltipla, constatou-se que quase metade das mudanças na capacidade de autorregular as emoções pode ser explicada pelas variáveis do modelo (R² = 0,457). Os resultados mostram que tanto a ansiedade (β = -0,4; p < 0,05) quanto o estresse (β = -0,442; p < 0,05) desempenham um papel importante na previsão de como as pessoas autorregulam suas emoções. Em contrapartida, a depressão, o gênero e a situação laboral não demonstraram influência significativa na autorregulação emocional nesta amostra. Em conclusão, o estudo demonstra que a ansiedade e o estresse são, de fato, preditores da autorregulação emocional, enquanto a depressão, o gênero e a condição laboral não apresentam influência significativa.