Desafios da saúde da mulher na Baixada Santista: acesso ao diagnóstico anti-HIV e ao tratamento das doenças sexualmente transmissíveis

DOI: 10.15343/0104-7809.200832.4.9

Autores

  • Renato Barboza Cientista Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Saúde Coletiva pela CCD/SES/SP. Pesquisador Científico do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
  • Lígia Rivero Pupo Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora Cientifica do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
  • Olga Sofia Fabergé Alves Cientista Social pela Universidade de São Paulo. Mestranda em História da Ciência pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora Científica do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
  • Paulo Henrique Nico Monteiro Educador pela Faculdade Educação Física de Santo André. Mestre em Saúde Coletiva pela CCD/SES/SP. Doutorando em Educação pela Universidade de São Paulo. Pesquisador Científico do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
  • Maria Mercedes Loureiro Escuder Enfermeira pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Pesquisadora Cientifica do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Palavras-chave:

Doenças sexualmente transmissíveis – terapia. HIV. Serviços de saúde da mulher.

Resumo

A feminização da Aids no Brasil é um fato consumado, descrito desde a década de 1990, e continua sendo uma das principais tendências da epidemia
na Baixada Santista. Nesse cenário, a universalização do acesso ao exame anti-HIV, em conjunto com ações de prevenção formuladas aos diversos grupos
populacionais, são vistas como as principais estratégias para o enfrentamento da epidemia. A questão do acesso ao diagnóstico, assim como ao tratamento
das DST deve ser entendido como um desafio para os diversos níveis de gestão do SUS, especialmente nas regiões metropolitanas. O presente artigo analisou
as condições de acesso ao teste anti-HIV e ao tratamento das DST das mulheres da Região Metropolitana da Baixada Santista-SP, a partir de dados primários
coletados por meio de um inquérito populacional desenvolvido nos municípios da região com população acima de 100.000 habitantes. Quanto ao diagnóstico
do HIV, os resultados apontam que 79,6% das mulheres entre 25 e 39 anos referiram realizá-lo na rede básica de saúde em 37,6% dos casos. Aponta, entretanto,
fragilidades quanto à qualidade desses serviços, especialmente relacionadas à oferta de orientações e aconselhamento sobre ações de prevenção, na medida em
que 51,5% das mulheres não tiveram nenhum tipo de orientação. Quanto às DST, pôde-se perceber que as mulheres procuram tratamento especialmente na
rede básica de saúde (47,3%), seguido do consultório particular (37,4%). Entretanto, o tratamento dos parceiros, importante estratégia de quebra da cadeia de
transmissão foi referido em apenas 33,4% dos casos.

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Publicado

2008-10-01

Como Citar

Barboza, R. ., Rivero Pupo, L. ., Fabergé Alves, O. S. ., Nico Monteiro, P. H., & Loureiro Escuder, M. M. (2008). Desafios da saúde da mulher na Baixada Santista: acesso ao diagnóstico anti-HIV e ao tratamento das doenças sexualmente transmissíveis: DOI: 10.15343/0104-7809.200832.4.9. O Mundo Da Saúde, 32(4), 475–485. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/836