Evolução do estado nutricional de crianças com mielomeningocele em período de três anos
DOI: 10.15343/0104-7809.200933.3.11
Palavras-chave:
Meningomielocele. Antropometria. Crescimento.Resumo
O presente manuscrito teve o objetivo de descrever e classificar o perfil antropométrico, de forma longitudinal, de um grupo de
crianças com mielomeningocele inserido em um programa especial de atividades físicas. Vinte e quatro crianças com mielomeningocele
foram avaliada em três momentos, com intervalo de um ano entre os mesmos. Foram avaliados: peso, comprimento, e calculado o IMC
(índice de massa corporal). As crianças foram classificadas de acordo com o percentil da estatura para a idade (E/I) e IMC para a idade
(IMC/idade). Do total de crianças avaliadas, 54,2% (n = 13) eram do sexo masculino (idade de 7,0 ± 2,4 anos) e 45,8% (n = 11) do sexo
feminino (idade de 6,0 ± 2,0 anos). Os principais achados foram: - déficit no crescimento em grande parte das crianças, que não foi recuperado
no intervalo de três anos; - tendência, por grande parte do grupo, ao sobrepeso e/ou à obesidade, que foi ligeiramente atenuada
nos meninos e levemente agravada nas meninas. Foi possível observar os desvios nutricionais nesse grupo de crianças (baixa estatura,
sobrepeso e obesidade), e a manutenção desses desvios durante um período de três anos. Com isso, algumas recomendações podem ser
feitas: deve-se pensar na possibilidade de desenvolvimento de curvas de crescimento específicas para esse tipo de comprometimento; a
realização de estudos comparativos entre crianças fisicamente ativas e sedentárias, submetidas ou não a orientação nutricional.