Análise da assistência nutricional a pacientes disfágicos hospitalizados na perspectiva de qualidade

DOI: 10.15343/0104-7809.200933.3.7

Autores

  • Patricia Bissoli Sonsin Nutricionista pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Aprimoranda do Programa Nutrição Hospitalar – Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Universitário – USP – 2008.
  • Cristiane Bonfim Nutricionista pelo Centro Universitário de Rio Preto. Aprimoranda do Programa Nutrição Hospitalar – Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Universitário – USP – 2008.
  • Ana Lúcia Neves Duarte da Silva Nutricionista do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Universitário da USP. Especialista em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo-SP
  • Lúcia Caruso Nutricionista do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Universitário da USP. Mestre em Nutrição Humana Aplicada – USP. Coordenadora do Programa de Aprimoramento Profissional Nutrição Hospitalar HU-USP. Docente e Coordenadora do Curso de Especialização em Nutrição Clínica do Centro Universitário São Camilo – SP

Palavras-chave:

Transtornos de Deglutição. Avaliação Nutricional. Terapia Nutricional.

Resumo

A disfagia é uma condição clínica altamente debilitante, que pode acarretar complicações graves como pneumonia aspirativa, desidratação e desnutrição.
Este estudo teve por objetivo aprimorar a qualidade da assistência nutricional aos pacientes disfágicos no HU-USP, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP 58/08). Para tanto, foi estabelecido o perfil nutricional por meio da avaliação antropométrica (análise a partir de padrões de referência segundo faixa etária e
gênero) e bioquímica, sendo também considerado o ângulo de fase estimado por bioimpedância elétrica. Por outro lado, o padrão de dietas do HU-USP foi analisado
quanto à composição nutricional pelo programa informatizado Nutwin®. Entre agosto e dezembro de 2008 foram acompanhados e 30 pacientes disfágicos, sendo
50% agudos e 50% crônicos. Destacou-se como principal causa da disfagia orofaríngea as doenças de origem neurogênica (90% dos casos), com distribuição praticamente
homogênea quanto ao gênero (53,3% homens e 46,7% mulheres) e predomínio de idosos (86,7%). Verificou-se a existência de comprometimento nutricional
em grande parte da amostra. O ângulo de fase foi > 4° em 63,3% dos pacientes, indicando prognóstico favorável e condições para a reabilitação, observando-se
diferença estatisticamente significativa entre as médias do grupo que recebeu alta hospitalar e do que foi a óbito. Além disso, foram encontradas correlações significativas
entre o ângulo de fase e idade, IMC, albumina, hemoglobina e hematócrito. O padrão alimentar foi adaptado para atender as necessidades nutricionais
dos pacientes, e foi proposto um algoritmo para que a transição da terapia nutricional enteral para via oral ocorra assegurando uma oferta nutricional suficiente.
Dessa forma, o atendimento aos pacientes disfágicos foi realinhado, a partir da análise realizada e do desenvolvimento de estratégias para a intervenção nutricional,
garantindo a qualidade na assistência.

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Publicado

2009-07-01

Como Citar

Bissoli Sonsin, P., Bonfim, C. ., Neves Duarte da Silva, A. L., & Caruso, L. . (2009). Análise da assistência nutricional a pacientes disfágicos hospitalizados na perspectiva de qualidade: DOI: 10.15343/0104-7809.200933.3.7. O Mundo Da Saúde, 33(3), 310–319. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/755