Teoria e prática da promoção da saúde: as concepções dos agentes comunitários de saúde

DOI: 10.15343/0104-7809.20112137144

Resumo

A inserção do Agente Comunitário de Saúde (ACS) na Estratégia Saúde da Família trouxe muitas expectativas sobre as possibilidades
e os limites das ações que esse profissional realizaria. O objetivo deste artigo foi analisar as ações e concepções do ACS relativas
à Promoção da Saúde e o quanto estas contribuem para o empowerment comunitário na perspectiva do exercício da cidadania. Para
tanto, desenvolveu-se uma pesquisa tipo estudo de caso. O cenário de estudo foi uma Unidade de Saúde localizada na região central do
município de São Paulo e foram sujeitos 10 ACS. Os dados foram coletados mediante a técnica de grupo focal. As discussões derivadas
dos grupos foram transcritas e analisadas segundo a técnica de Discurso de Sujeito Coletivo. Os resultados mostraram que o ACS trabalha
em uma perspectiva biologicista, usando como meio principal para abordagem de sua população a informação. Mostrou-se como
potencialidade a capacidade desse profissional em comunicar-se com as famílias de sua microárea. Conclui-se que esse profissional, se
capacitado com base nas concepções da Promoção da Saúde, poderá se constituir em um poderoso agente de construção da cidadania
da população, capacitando esses grupos a reconhecer suas necessidades de saúde e a identificar políticas públicas eficientes para o
atendimento dessas necessidades.