A conduta ética de graduandos em Nutrição em uma universidade pública no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15343/0104-7809.202448e15302023PPalavras-chave:
Nutrição, Educação Superior, Má Conduta CientíficaResumo
A prática de más condutas éticas parece ser rotineira na graduação. Dessa forma, abordar a conduta ética na formação é um ponto de partida para promover o debate sobre a construção do conhecimento. Este estudo teve o objetivo analisar a conduta ética de graduandos em Nutrição. Realizou-se estudo transversal com estudantes de Nutrição de uma universidade pública-Brasil. Participaram 105 alunos: 42,9% eram do 1º ao 5º semestres e 57,1% do 6º ao 9º semestres. Os alunos dos semestres finais apresentaram maior prevalência de “deixar os colegas copiarem as respostas” (p=0,05), “usar trabalhos prontos” (p=0,04) e "incluir nome em trabalho sem colaboração” (p=0,01). As principais motivações para a má conduta ética foram: má conduta dos colegas (71,4%), acreditar que os professores cometeram má conduta ética (70,5%), disciplina difícil (52,4%) e manter boas notas (50,5%). Os alunos dos últimos semestres referiram a falta de tempo (p=0,05) como uma razão, e 10,5% afirmaram ter realizado consultas de nutrição sem supervisão. Dada a elevada prevalência de más condutas éticas na graduação sugere-se que a disciplina sobre ética seja ministrada nos semestres iniciais, além de realização de cursos e rodas de conversa sobre propriedade intelectual, conduta ética, gestão do tempo e metodologias de ensino.
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