É possível humanizar a Medicina? Reflexões a propósito do uso do Cinema na Educação Médica

DOI: 10.15343/0104-7809.20103357367

Autores/as

  • Pablo González Blasco Médico e Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Membro Fundador e Diretor Científico da SOBRAMFA (www.sobramfa.com.br) – Sociedade Brasileira de Medicina de Família. Membro Internacional da Society of Teachers of Family Medicine (STFM). Autor dos livros O Médico de Família, hoje (SOBRAMFA; 1997), Medicina de Família e Cinema (Casa do Psicólogo; 2002) e Educação da Afetividade através do Cinema (IEF – Instituto de Ensino e Fomento/SOBRAMFA, São Paulo; 2006). Coautor dos livros Princípios de Medicina de Família (SOBRAMFA, São Paulo; 2003) e Cinemeducation: a Comprehensive Guide to using film in medical education (Radcliffe Publishing, Oxford, UK; 2005). É também autor de diversas publicações e trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais onde aborda temas de Medicina de Família, Educação Médica, Humanismo e Medicina e Educação da Afetividade através do Cinema e das Artes.

Palabras clave:

Medicina. Humanização. Educação Médica.

Resumen

A questão central do presente artigo traduz-se numa pergunta: É possível humanizar a Medicina? A já longa experiência que o autor
possui no uso do Cinema na Educação Médica –em âmbito nacional e internacional- brinda elementos para responder essa questão vital. E a
resposta chega desdobrada, a modo de fatorial de um produto, em outras questões menores e nas correspondentes respostas. Em primeiro lugar:
O que é preciso humanizar? Projetos de humanização que não atingem a pessoa, o ser humano, restringindo-se ao âmbito de políticas públicas,
não são bem sucedidas. A seguir, coloca-se a segunda questão: Como se humaniza com eficácia? Não basta a boa vontade, e a dedicação
entusiasta, para conseguir humanizar de modo sustentável. É preciso metodologia. Em terceiro lugar, uma questão pouco ventilada nos fóruns
humanizantes: Quanto custa humanizar? Enquanto se continue destinando os maiores orçamentos à tecnologia, e se deixem as tentativas de
humanização por conta do voluntariado e sem o apóio de investimentos financeiros, não será possível a transformação que a humanização
pretende. Finalmente, a questão crítica: Queremos, de verdade, ser humanizados? Porque humanizar implica chegar ao âmago do ser humano,
que protagoniza todos os processos de saúde, transformá-lo, criar um compromisso de ordem pessoal, enfrentar desafios profissionais e pessoais.
Humanizar é, pois, recolocar-se na vida como pessoa, assumir uma postura humanística, para deste modo fazer do próprio existir um foco de
humanização efetiva: na medicina, e na vida.

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Publicado

2010-07-01

Cómo citar

González Blasco, P. . (2010). É possível humanizar a Medicina? Reflexões a propósito do uso do Cinema na Educação Médica: DOI: 10.15343/0104-7809.20103357367. O Mundo Da Saúde, 34(3), 357–367. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/610