Efeito do chumbo em nível de oxigênio e amônia no camarão rosa (Farfantepeneaus paulensis) em relação à salinidade
DOI: 10.15343/0104-7809.2012364594601
Palabras clave:
Farfantepenaeus paulensis. Chumbo. Consumo de Oxigênio. Salinidade. Toxicidade.Resumen
O objetivo do presente trabalho foi fornecer informações sobre a toxicidade do chumbo no camarão rosa (Farfantepeneaus
paulensis), tendo por base o consumo de oxigênio em conjunto com a excreção de amônia em diferentes níveis de salinidade.
Os organismos foram coletados e analisados na região de Cananeia-SP, Brasil. O estudo da toxicidade do chumbo
apresenta grande relevância pelo histórico da região, elevado valor econômico do camarão e estimativa de futuros impactos
ambientais. 45 organismos foram coletados e aclimatados com aeração constante. Para a medição do metabolismo de rotina,
foram utilizadas cinco réplicas às salinidades 10, 20 e 30 e temperatura média de 27 ºC. Quatro diferentes concentrações
de chumbo foram testadas: 0,04; 0,4; 0,08; e 2,12 mg/L, além do controle. Utilizaram-se câmaras respirométricas por 60
minutos. O oxigênio dissolvido foi determinado com base no método de Winkler, e o nitrogênio amoniacal, com base no
método espectrofotométrico do fenol. O consumo médio de oxigênio e a excreção de amônia foram avaliados pela análise
de variância (p < 0,05). Os resultados revelaram predominante diminuição nas taxas de excreção de amônia e de consumo
de oxigênio. Tal fato permite inferir que ocorreu um desvio no padrão metabólico dos organismos no sentido de desintoxicação
e estabilização de padrões metabólicos. A análise de variância verificou que o consumo de oxigênio e excreção de
amônia médias nas concentrações de 0,8 e 2,12 mg/L de chumbo foram significativamente diferentes em relação ao controle.