Análise epidemiológica da meningite bacteriana no Estado do Amapá nos anos de 2013 a 2018
DOI: 10.15343/0104-7809.202044372380
Palavras-chave:
Epidemiologia. Meningite Bacteriana. Notificação Compulsória.Resumo
A meningite é uma doença infectocontagiosa caracterizada pelo processo inflamatório das meninges aracnoide e pia-máter
e do líquido cefalorraquidiano. Seus principais agentes etiológicos bacterianos são Neisseria meningitidis, Streptococcus
pneumoniae e Haemophilus influenzae. O presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise epidemiológica
da meningite bacteriana no Estado do Amapá, nos anos de 2013 a 2018. Trata-se de um estudo documental descritivo,
de caráter transversal, com dados obtidos através do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Os
resultados demostram que ocorreram, no período estudado, 26 casos de meningite bacteriana. Os agentes Streptococcus
pneumoniae e Neisseria meningitidis foram responsáveis por 38% e 35% das ocorrências, respectivamente, enquanto
27% dos casos foram classificados somente como meningite bacteriana. A capital do estado, Macapá, foi responsável
pelo maior número de casos confirmados (81%) e, quanto à sazonalidade, o mês de julho apresentou maior ocorrência
(23%). Do total de casos avaliados 54% ocorreram em pessoas do sexo masculino, e 46% em pessoas do sexo feminino,
e a principal faixa etária acometida foi de crianças menores de um ano (38%). Quanto à evolução da doença, 65% das
pessoas receberam alta, enquanto 27% foram à óbito por meningite. Conclui-se que apesar de a maior parte dos casos
evoluírem para alta, a porcentagem de pacientes que foram à óbito por meningite ressalta a necessidade de ações em
saúde voltadas tanto para a faixa etária mais acometida quanto para as demais, em função da rápida evolução que a
doença apresenta.
Downloads
Referências
tratamento, diagnóstico e prevenção. 2017. [acesso em 24 de fevereiro de 2019]. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saudede-
a-z/meningites.
2. Duarte KR, Lourenço SJ, Camargo B. Perfil Epidemiológico da Meningite Meningocócica no Distrito Federal nos anos de 2014 a
2017. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018;13(1):400-404.
3. Pitelle JEH, Rosemberg S, Hahn MD, Chimelli L, Grinberg LT, De Andrade MPG, Heinsen H, Neder L. Sistema Nervoso. In: Brasileiro
Filho G. Bogliolo, patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. p. 895 - 1023.
4. Sztajnbok DCN. Meningite Bacteriana Aguda. J Pediatr. 2012; 13(2):72-75.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória
de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos
termos do anexo, e dá outras providências. Brasília, 2016. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/
prt0204_17_02_2016.html
6. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância
Epidemiológica. 7. ed., Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
7. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em
Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. v.1, ed. atual, Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
8. Azevedo LCP, Toscano CM, Bierrenbach AL. Bacterial Meningitis in Brazil: Baseline Epidemiologic Assessment of the Decade Prior
to the Introduction of Pneumococcal and Meningococcal Vaccines. PLOS ONE. 2013;8(6):1-8.
9. Pós-graduando [homepage da internet]. As diferenças entre pesquisa descritiva, exploratória e explicativa. [acesso em 24 de fevereiro
de 2019]. Disponível em:https://posgraduando.com/diferencas-pesquisa-descritiva-exploratoria-explicativa/.
10. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brasil) [base de dados online]. Cidades e Estados: Amapá. 2018. Acesso em 10 de
junho de 2019. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ap/panorama.
11. Pobb K, Leite LM, Virgens Filho JS, Stocco C, Dal Gobbo BL. Aspectos epidemiológicos e influência de variáveis climáticas nos
casos notificados de meningite em crianças no município de Ponta Grossa – PR, 2002 – 2011. Rev Bras Climatol. 2013;13(1):202-213.
12. Barichello T, Generoso GS, Collodel A, Moreira AP, Almeida SM. Pathophysiology of acute meningitis caused by Streptococcus
pneumoniae and adjunctive therapy approaches. Arq Neuro-psiquiatr. 2012;70(5):366-372.
13. Murray PR, Rosenthal KS, Pfaller MA. Microbiologia Médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p. 248 – 57.
14. Dazzi MC, Zatti CA, Baldissera, R. Perfil dos casos de meningites ocorridas no Brasil de 2009 a 2012. Rev UNINGÁ Review.
2014;19(3):33-36.15. Silva HCG, Mezarobba N. Meningite no brasil em 2015: o panorama da atualidade. Arq Catarin Med. Santa Catarina. 2018;47(1):34-
46.
16. Dias FCF, Rodrigues Junior CA, Cardoso CRL, Veloso FPFS, Rosa RTAS, Figueiredo BNS. Meningite: aspectos epidemiológicos da
doença na Região Norte do Brasil. Revista de Patologia do Tocantins. 2017;4(2):46-49.
17. Antoniuk AS, Hamdar F, Ducci RD, Kira ATF, Cat MNL, Cruz CR. Childhood acute bacterial meningitis: risk factors for acuteneurological complications and neurological sequelae. J Pediatr. 2011;87(6):535-540.
18. Ferreira JHS, Gomes AMAS, Oliveira CM, Bonfim CV. Tendência e aspectos epidemiológicos das meningites bacterianas em
crianças. Rev Enferm UFPE online. 2015;9(7):8534-8541.
19. Monteiro LF, Frasson MZ, Trevisol DJ, Schuelter-Treviso F. Vigilância clínico-epidemiológica das meningites em um hospital do sul
de Santa Catarina, no período entre 2007 a 2013. Arq Catarin Med. 2014;43(4):24-29.
20. Rogerio LPW, Camargo RPM, Menegali TT, Silva RM. Perfil epidemiológico das meningites no sul de Santa Catarina entre 1994 e
2009. Rev Soc Bras Clin Med. 2011;9(3):200-203.
21. Labiak VB, Stocco C, Leite ML, Virgens Filho JS. Aspectos epidemiológicos dos casos de meningite notificados no município de
Ponta Grossa – PR, 2001-2005. Cogitare Enferm. 2007;12(3):306-312.
22. Franco MCA, Sanjad MR, Pinto PHO. Prevalência de meningite em crianças no hospital universitário João de Barros Barreto,
período de 1995 a 2004. Rev Para Med. 2006; 20(1):33-39.
23. Berezin EN, Carvalho LH, Lopes CR, Sanajotta AT, Brandileone NCC, Nemegatti S, Safadi MA, Guerra MLCS. Meningite
pneumocócica na infância: características clínicas, sorotipos mais prevalentes e prognóstico. J Pediatr. 2002;77(1):19-23.
.jpg)
