Relações entre atividade física, aptidão física e mortalidade em idosos: Estudo Fibra
DOI: 10.15343/0104-7809.202044290299
Palavras-chave:
Envelhecimento. Morbidades. Desempenho Físico. Bem-Estar. Promoção Da Saúde.Resumo
Ser fisicamente ativo e manter ótima aptidão física protege os idosos contra a morte precoce. No entanto, não está claro
através de quais mecanismos tais relacionamentos ocorrem ou se a aptidão física é necessária para evitar a mortalidade
nessa população. O objetivo foi investigar as relações entre atividade física, aptidão física e ocorrência de morte entre
idosos residentes em uma comunidade e explorar os efeitos mediadores. Foi realizado um estudo transversal do banco de
dados do Estudo FIBRA, coletado na cidade de Campinas, SP, Brasil entre 2008 e 2009. A ocorrência de óbito foi verificada
em agosto de 2017 no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A atividade física foi mensurada por meio de
autorrelato, enquanto a aptidão física foi mensurada por meio de testes de desempenho físico com 800 participantes, com
idade de 65 anos ou mais. Foi elaborado um modelo para testar as relações e os efeitos mediadores entre atividades físicas
domésticas globais, de lazer, aptidão física, e mortalidade, controladas por sexo e idade. Os resultados demonstraram três
principais achados: 1) o efeito direto da atividade física global na morte e seu efeito indireto mediado pela lentidão; 2) o
efeito direto da atividade doméstica na morte e seu efeito mediado pela fraqueza; e 3) o efeito direto da lentidão na morte.
Idosos fisicamente inativos, fracos e lentos têm maior probabilidade de morte. Além disso, os benefícios da atividade física
provavelmente estão além da aptidão física.
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