Índice de religiosidade e qualidade de vida na busca do melhor controle da pressão arterial
DOI: 10.15343/0104-7809.20184204932957
Resumo
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível, atualmente as relações entre religiosidade, saúde física e mental vem sendo investigadas. O objetivo deste estudo foi verificar a associação do índice de religiosidade por meio da escala de Durel com o melhor controle da pressão arterial (PAS ≤ 120 e PAD ≤ 80) e qualidade de vida em pacientes hipertensos. Utilizou-se estudo prospectivo longitudinal com 56 pacientes hipertensos, que foram acompanhados por 120 dias submetidos à consulta de enfermagem com intervalos de 20 dias, na qual era desenvolvido um programa de orientação. Foi aplicado o instrumento de qualidade de vida, a escala de Religiosidade de Dure e realizada a Monitorizarão Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) no início do estudo e ao final. O estudo envolveu 30 mulheres (55,6%) e 26 homens (44,4%), com idade média de 53,9±10 anos, IMC médio de 30,3±5 kg/m2, circunferência abdominal (CA)=99,7±5cm; PAS=153,6±28mmHg; PAD =91,6±17mmHg e Frequência Cardíaca (FC)=69,±13bpm. Quanto ao controle da PA (PAS ≤ 120 e PAD ≤ 80), ao final de 120 dias observou-se que apenas 4 (7,14%) pacientes controlaram a PA pela medida de consultório e 25 pacientes pela medida da MAPA sendo 7 (12,5%) no período da vigília e 18 (32,1%) no período do sono. Entretanto não se identificou associação com o Índice de Religiosidade e qualidade de vida quando comparado com a variável controle da pressão arterial. Diante dos dados verificou-se que o índice de religiosidade não se mostrou sensíveis para identificar pacientes com um melhor controle daPA após 120 dias de acompanhamento.