Fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em usuários de duas Unidades Básicas de Saúde no município de São Paulo, Brasil
DOI: 10.15343/0104-7809.202044076083
Palavras-chave:
Doenças Crônicas não Transmissíveis. Fatores de Risco. Prevenção. Promoção à saúde.Resumo
Introdução: O principal fator de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é o estilo de vida, passível
às intervenções de prevenção e promoção à saúde. Objetivo: descrever os fatores de risco associados a DCNT entre
indivíduos atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de São Paulo. Método: Tratou-se de estudo
transversal realizado em duas UBS nas regiões norte e sudeste de São Paulo, participaram 582 indivíduos adulto. A coleta
de dados foi por meio da aplicação do instrumento Vigitel. Nas análises inferenciais utilizou-se modelo de regressão
logística. Resultados: A maioria dos participantes eram do sexo feminino, com idade entre 31 e 60 anos; um quarto
praticava atividades físicas e a maioria apresentava sobrepeso/obesidade. Menos de um terço era tabagista ou etilista.
As DCNT observadas foram hipertensão arterial, dislipidemia e doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). Pela
análise de regressão logística, o risco de apresentar DCNT foi maior em pacientes acima de 60 anos (OR 11,3; IC-95%
5,6-15,5), do sexo masculino (OR 1,5; IC95% 1,0-2,2), com ensino fundamental (OR 1,4; IC 95% 1,0-1,9), obesos (OR
1,7; IC95% 1,1-2,6) e tabagistas ou com história de tabagismo. Quanto ao tabagismo, foram significativos tanto o tempo
de consumo (OR 2,1; IC95% 1,4-3,0 se superior a 10 anos) como número de cigarros consumidos (OR 1,7; IC95% 1,0-2,9
se superior a 10 cigarros/dia). Conclusão: As DNCT mais prevalentes foram hipertensão arterial, dislipidemias e DPOC. Os
principais fatores de risco foram gênero masculino, idade superior a 60 anos, obesidade e consumo de tabaco.
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