Risco e medo de quedas em idosos de Campo Grande, Mato Grosso do Sul: características sociodemográficas e funcionais
DOI: 10.15343/0104-7809.201944003011
Palavras-chave:
Saúde do Idoso, Cognição, Acidentes por Quedas, Atividades Cotidianas.Resumo
A execução das atividades de vida diária e as quedas são fatores relacionados diretamente com a qualidade de vida,
podendo influenciar na independência e autonomia de idosos. O objetivo do estudo foi avaliar as atividades de vida
diária, o risco e o medo de queda em idosos de Campo Grande/MS. Estudo transversal, realizado com 32 idosos de
ambos sexos, idade ≥60 anos e participantes do programa Universidade Aberta a Pessoa Idosa, durante o período de
abril a setembro de 2018. Como critério de inclusão era necessária uma pontuação ≥19 pontos no Mini Exame do
Estado Mental. Instrumentos utilizados: Questionário sociodemográfico; Índice de Katz; Escala de Lawton-Brody; Escala
de Downton que avalia o risco de queda e Escala Internacional de Eficácia de Queda (FES-I-BRASIL) que avalia o medo
de cair. Pelo Índice de Katz a maioria dos idosos eram independentes (84,4%). A Escala de Lawton-Brody classificou a
maioria dos idosos como independentes (53,1%) e parcialmente dependentes (46,9%). Na escala de Downton a faixa
etária de 70 a 82 anos atingiu uma pontuação de (3,6±1,5) apresentando alto risco de queda, na FES-I-BRASIL idosos
do sexo feminino alcançaram (25,6±6,6) pontos, demonstrando um maior medo de cair. Houve relação entre as escalas
FES-I-BRASIL e Lawton-Brody (r = -0,443/p = 0,011), ou seja, quanto maior a execução de atividades instrumentais de vida
diária, menor é a preocupação em cair. Idosos com faixa etária mais avançada possuem maior risco de queda e aqueles
do sexo feminino tiveram maior preocupação em cair que seus pares.
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