Avaliação da capacidade funcional e sintomas depressivos após cirurgia cardíaca
DOI: 10.15343/0104-7809.200832.2.9
Palavras-chave:
Depressão. Idoso. Cirurgia cardíaca.Resumo
A Doença Arterial Coronariana (DAC) é a causa mais comum do sofrimento do músculo cardíaco. Os avanços da medicina permitiram
resultados satisfatórios em relação à morbidade e mortalidade, tornando-se o tratamento cirúrgico uma opção para os idosos acometidos. O
objetivo deste estudo foi verificar e analisar se houve alteração na capacidade funcional e prevalência de sintomas depressivos após três meses
da cirurgia cardíaca. Os pacientes foram avaliados antes, um mês e três meses após a cirurgia. Seis sujeitos participaram deste estudo. Os instrumentos
utilizados: Escala de Atividades Básicas de Vida Diária (AVDs); Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs); Escala de
Depressão Geriátrica (GDS). Resultados: Observou-se que nas AVDs, três pacientes apresentaram limitação até o primeiro mês após a cirurgia,
depois retornaram aos valores iniciais. Quatro pacientes apresentaram queda importante das AIVDs. Destes, três pacientes não haviam retornado
aos valores iniciais após três meses. A GDS sinalizou suspeita de depressão em cinco participantes. Considera-se que neste grupo, a cirurgia
cardíaca não alterou a capacidade funcional básica dos pacientes após três meses de cirurgia. Quanto às AIVD, observou-se a tomada de responsabilidade
dos familiares no que se refere ao controle das finanças e à administração de medicamentos. A redução nos atividades instrumentais
apresentou-se acompanhada de um aumento na escala de depressão. Tais constatações suscitam reflexões no sentido da dependência funcional
repercutir negativamente e desencadear sintomas depressivos no idoso.