Concepções de profissionais de educação e saúde sobre Educação Inclusiva: reflexões para uma prática transformadora
Doi: 10.15343/0104-7809.200832.2.1
Palavras-chave:
Pessoas portadoras de deficiência-educação. Educação inclusiva. Educação especial.Resumo
Inclusão de pessoas com deficiências tem sido tema de discussões e estudos, particularmente no campo da Educação, frente à realidade legal
que garante a essa parcela da população o direito de freqüentar escolas regulares, independente de suas peculiaridades. Para a melhor compreensão desse
campo, delineia-se essa pesquisa, que teve por objetivo apreender concepções de educação inclusiva de profissionais de educação e saúde, para levantar
indicativos de ações favorecedoras da construção de uma escola para a diversidade. Teve como sujeitos 90 educadores atuantes em Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Médio, da rede pública e particular de ensino, e 50 profissionais da saúde (terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas,
médicos, enfermeiros, psicólogos) que têm atuação ligada a pessoas com deficiência. A amostra foi definida a partir do princípio de saturação teórica. Os
dados foram coletados por um questionário, no qual se perguntava ao sujeito se era contra a inclusão de alunos com deficiência na escola regular, a favor
ou a favor com restrições, e porquê. A partir da resposta à pergunta: por quê?, foram elaboradas as seguintes categorias de análise (a posteriori): direito,
concepção de deficiência, apoio, formação, atitude e estrutura. A análise das respostas dos sujeitos aponta para uma concepção de deficiência como
doença e um olhar para o aluno com deficiência como um problema que a escola não estaria preparada para enfrentar. Conclui-se que os trabalhos para
a construção de uma escola inclusiva devem passar, necessariamente, por ações que visem a mudar concepções sobre deficiência.