Impacto das novas competências do médico de família: coordenação de cuidados no hospital e gerenciamento de pacientes crônicos no domicílio
DOI: 10.15343/0104-7809.200933.1.15
Palavras-chave:
Médicos de família. Assistência ao paciente. Relações médico-paciente.Resumo
Quem trata o doente no hospital é o mesmo que o trata no consultório ou em casa? Faz diferença para o paciente ter o mesmo médico cuidando
dele em diferentes situações? Quais as características que um médico deve ter para melhor tratar o doente no hospital ou em casa? Apresentar as
características do médico em lidar com pacientes no hospital e no domicílio é a tarefa primordial deste artigo. Para demonstrar estas características iremos
descrever a experiência do Medico de Família da SOBRAMFA (Sociedade Brasileira de Medicina de Família) no cenário domiciliar e hospitalar. No contexto
hospitalar a coordenação dos cuidados e uma maior qualidade no atendimento são: auxílio na comunicação entre médicos especialistas, adaptação a
diferentes contextos, negociação para alta, e estar habituado a prestar cuidados longitudinais. No contexto domiciliar alem de atributos específicos ao
medico de família e metodologia própria na realização de visitas, contribuem para melhorar a resolutividade trabalhar em equipe, gerenciamento da
família e sistematização e estruturação do programa. As habilidades de comunicação e adaptação a diferentes cenários de cuidado, juntamente com a
capacidade de lidar com problemas multidimensionais, próprias de um bom generalista, são cada vez mais necessárias na assistência à saúde. Por possuílas
e estar comprometido com o paciente, o médico de família acaba por tornar-se a peça-chave não só no contexto ambulatorial também organizando
os cuidados prestados no hospital e na casa do paciente.