Adesão à terapia medicamentosa anti-hipertensiva na atenção primária de saúde em um município brasileiro de médio porte
DOI: 10.15343/0104-7809.20194301025044
Palavras-chave:
Hipertensão. Estilo de vida. Atenção primária à saúde. Promoção da saúde. Qualidade de vida.Resumo
O objetivo desse estudo foi identificar a adesão à terapia medicamentosa anti-hipertensiva e associar com fatores sociodemográficos e estilo de vida adequado para saúde de hipertensos. A adesão foi determinada pelo teste Morisky-Green e a percepção do estilo de vida pelo questionário Estilo de Vida Fantástico. Os questionários foram aplicados a 401 hipertensos das 29 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Maringá-Paraná. A associação da adesão à terapia com as variáveis sóciodemográficas e a percepção do estilo de vida foi determinada por regressão logística. A prevalência de adesão à terapia anti-hipertensiva foi de 37,7%. As chances de adesão à terapia foram menores para os hipertensos solteiros (p=0,0284*), com sobrepeso (p=0,0039*) ou obesidade (p=0,0110*) e tempo de retorno a UBS superior a seis meses (p=0,0408*). Para o sexo feminino (p= 0,0032*) e aos que auto relataram percepção de estilo de vida “bom” (p=0,035*) as chances para adesão à terapia anti-hipertensiva foram maiores. Os resultados apontam para a importância dos determinantes biopsicossociais, que podem subsidiar políticas, estratégias e ações para melhorar a adesão às terapias medicamentosas anti-hipertensivas no nível local e ampliar para os níveis regional e nacional.