Predisposição à Síndrome de Burnout em agentes de segurança penitenciária
DOI: 10.15343/0104-7809.20194302530541
Palavras-chave:
Prisões, Saúde do Trabalhador, Esgotamento Profissional, Saúde PúblicaResumo
O estudo teve como objetivo verificar a predisposição dos Agentes de Segurança penitenciárias (ASP) em desenvolver Síndrome de Burnout (SB). O estudo foi realizado em 2017 no Presídio Desembargador Flósculo da Nóbrega na cidade de João Pessoa/PB, através de uma abordagem transversal, com amostra não probabilística, incluindo 47 ASP. O questionário aplicado foi elaborado e adaptado por Chafic Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory (MBI), que permite a mensuração do nível da SB. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Teste estatístico Exato de Fisher foi aplicado, considerando p<0,05. A maioria dos ASP era do sexo masculino 80,9% (n=38), com idade de 31-40 anos, sendo a média 39,36±8,74 anos. Sobre a predisposição ao desenvolvimento da SB todos os agentes foram classificados a partir do nível II da SB, sendo que a maioria, 44,7% está no nível III, ou seja, na fase inicial do desenvolvimento do transtorno. Quanto à associação entre SB e sexo nenhuma relação estatisticamente significativa foi encontrada (p>0,05). Os dados indicam alta predisposição ao desenvolvimento da SB. O estudo não faz diagnóstico da SB, porém permite a identificação precoce do problema, favorecendo para que ações para o bem-estar do ASP sejam programadas, visando a melhora da qualidade de vida dos trabalhadores.