A afetividade como ferramenta na adesão às orientações sobre educação em saúde bucal na Saúde da Família

DOI: 10.15343/0104-7809.20101109119

Autores

  • Suely Ferreira dos Santos Cirurgiã-Dentista da Escola Técnica do SUS da Prefeitura Municipal de São Paulo. Especialista em Saúde Pública com ênfase em Programa de Saúde de Família.
  • Lúcia de Lourdes Souza Leite Campinas Doutora e Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Coordenadora do Curso de Especialização em Saúde Pública com ênfase em ESF, no Centro Universitário São Camilo, SP.
  • Jaqueline Alves Lopes Sartori Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Cirurgião dentista, Coordenadora dos cursos de Educação Profissional da área de Saúde Bucal da Escola Técnica do SUS do Município de São Paulo – ETSUS-SP/CEFOR.

Palavras-chave:

Políticas públicas. Educação em saúde. Afetividade.

Resumo

A educação em Saúde Bucal tem relação direta com os motivos que levam as pessoas a não modificarem seus hábitos de higiene bucal, ou terem
dificuldade em incorporá-los no seu cotidiano, sendo que estes conhecimentos são de fácil transmissão ) pela equipe de saúde bucal, mas nem sempre incorporados
pelos pacientes. O trabalho objetivou estudar a afetividade como estratégia a ser utilizada na educação em saúde bucal, a fim de provocar mudanças
deixando para trás a insegurança e acomodação. A metodologia foi embasada por pesquisa bibliográfica integrativa. Acreditamos que se nosso objetivo
como profissionais de odontologia é termos melhores condições de saúde e diminuirmos o elevado índice de cárie e perdas dentais, a educação em saúde
deve ser significativa ao paciente. Ouvimos sempre que educação e saúde deveriam caminhar juntas, mas como colocar em prática esta ação? O histórico
dos levantamentos epidemiológicos realizados em nosso país nos traz quadros de contrastes e poucas melhorias de qualidade sobre alguns aspectos da saúde
bucal. Os índices das pesquisas nos fazem refletir que a situação da condição bucal na população ainda é sofrível e que as mudanças são lentas. A mudança
deverá iniciar na formação profissional do cirurgião-dentista, auxiliar e técnico em saúde bucal (CD, ASB E TSB, respectivamente), que seguem um modelo
onde o desenvolvimento das habilidades manuais dos profissionais e procedimentos clínicos, tem seu foco principal. Para alterar este panorama precisamos
atuar de maneira mais simples e efetiva. Orientações sobre higiene, alimentação e hábitos podem ser transmitidas por todos os membros da equipe de saúde
bucal através dos conhecimentos técnicos aliados a nova ferramenta: “Comunicação com Afetividade”. Devemos sempre em qualquer comunicação buscar
a compreensão do universo do indivíduo que tem seus próprios valores, suas motivações, e suas experiências. Não reverteremos a triste situação em que se
encontra a saúde bucal brasileira se continuarmos com velhas técnicas sem considerar afetividade como uma estratégia.

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Publicado

2010-01-01

Como Citar

Ferreira dos Santos, S., Souza Leite Campinas, L. de L. ., & Alves Lopes Sartori, J. . (2010). A afetividade como ferramenta na adesão às orientações sobre educação em saúde bucal na Saúde da Família: DOI: 10.15343/0104-7809.20101109119. O Mundo Da Saúde, 34(1), 109–119. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/651