A afetividade como ferramenta na adesão às orientações sobre educação em saúde bucal na Saúde da Família
DOI: 10.15343/0104-7809.20101109119
Palavras-chave:
Políticas públicas. Educação em saúde. Afetividade.Resumo
A educação em Saúde Bucal tem relação direta com os motivos que levam as pessoas a não modificarem seus hábitos de higiene bucal, ou terem
dificuldade em incorporá-los no seu cotidiano, sendo que estes conhecimentos são de fácil transmissão ) pela equipe de saúde bucal, mas nem sempre incorporados
pelos pacientes. O trabalho objetivou estudar a afetividade como estratégia a ser utilizada na educação em saúde bucal, a fim de provocar mudanças
deixando para trás a insegurança e acomodação. A metodologia foi embasada por pesquisa bibliográfica integrativa. Acreditamos que se nosso objetivo
como profissionais de odontologia é termos melhores condições de saúde e diminuirmos o elevado índice de cárie e perdas dentais, a educação em saúde
deve ser significativa ao paciente. Ouvimos sempre que educação e saúde deveriam caminhar juntas, mas como colocar em prática esta ação? O histórico
dos levantamentos epidemiológicos realizados em nosso país nos traz quadros de contrastes e poucas melhorias de qualidade sobre alguns aspectos da saúde
bucal. Os índices das pesquisas nos fazem refletir que a situação da condição bucal na população ainda é sofrível e que as mudanças são lentas. A mudança
deverá iniciar na formação profissional do cirurgião-dentista, auxiliar e técnico em saúde bucal (CD, ASB E TSB, respectivamente), que seguem um modelo
onde o desenvolvimento das habilidades manuais dos profissionais e procedimentos clínicos, tem seu foco principal. Para alterar este panorama precisamos
atuar de maneira mais simples e efetiva. Orientações sobre higiene, alimentação e hábitos podem ser transmitidas por todos os membros da equipe de saúde
bucal através dos conhecimentos técnicos aliados a nova ferramenta: “Comunicação com Afetividade”. Devemos sempre em qualquer comunicação buscar
a compreensão do universo do indivíduo que tem seus próprios valores, suas motivações, e suas experiências. Não reverteremos a triste situação em que se
encontra a saúde bucal brasileira se continuarmos com velhas técnicas sem considerar afetividade como uma estratégia.