A integralidade na Terapia Floral e a viabilidade de sua inserção no Sistema Único de Saúde
DOI: 10.15343/0104-7809.201015764
Palavras-chave:
Atenção à saúde - princípio da integralidade. Práticas terapêuticas - terapia floral. Sistema Único de Saúde.Resumo
Este estudo teve por objetivo discutir a inclusão da Terapia Floral nas práticas terapêuticas do Sistema Único de Saúde (SUS),
como estratégia da concretização do princípio de integralidade na atenção à saúde do usuário. Trata-se de um estudo qualitativo e
exploratório, que utilizou como categorias norteadoras: o “emocional/físico”, a “singularidade”, a “resolutividade” e a “inserção no SUS”.
Os dados foram coletados a partir de entrevistas com usuários da Terapia Floral e com profissionais do Centro de Saúde Modelo (CSM),
uma unidade básica do SUS em Porto Alegre (RS). Os resultados indicaram que a Terapia Floral, ao tratar os sujeitos como seres singulares
e na sua totalidade, permite uma atenção diferenciada. Na busca pela concretização da integralidade, os profissionais do CSM apontam
como limitações: a formação dos profissionais, baseada em um paradigma biologicista/mecanicista; as sub-especializações; e a falta de
recursos, principalmente financeiros. Em contrapartida, esta pesquisa constatou o baixo custo das práticas não alopáticas, incluindo-se
também a Terapia Floral. A Terapia Floral é uma terapia coerente com os princípios do SUS e pode favorecer a resolutividade do sistema.
Desta forma, seria oportuno e viável que ela fosse valorizada por suas peculiaridades e integrada ao SUS, sendo reconhecida e disponibilizada
como opção terapêutica a toda população, para que possa contribuir na garantia da integralidade na atenção em saúde.