Uma experiência de atendimento psicoterapêutico junguiano em grupo, privilegiando a dimensão corporal, no contexto da saúde pública brasileira
DOI: 10.15343/0104-7809.20104535543
Palavras-chave:
Psicologia. Psicoterapia de grupo. Saúde Pública.Resumo
Este estudo investigou a pertinência da utilização de uma modalidade grupal de psicoterapia junguiana norteada pelo método
organísmico corporal (Calatonia) proposto por Sándor, em vista da demanda por saúde mental apresentada pelos usuários de uma Unidade
Básica de Saúde do Sistema Único de Saúde. Foram compostos e observados por um ano, três grupos abertos de psicoterapia, com sete
pacientes adultos. A análise qualitativa dos resultados baseou-se na comparação entre as dinâmicas dos três grupos de psicoterapia,
confrontando os pontos de convergência entre eles. Concluiu-se que, essa modalidade de psicoterapia possibilitou maior abertura e
adesão ao processo psicoterapêutico, com o estabelecimento de vínculos de confiança mais consistentes. Foram observadas as seguintes
transformações psicossociais, no período de um ano: maior definição e integração da imagem corporal dos sujeitos e dos grupos;
redução ou eliminação dos sintomas corporais inicialmente apresentados; modificações quanto à forma de refletir sobre as condições
socioeconômicas e de agir nesse contexto; maior abertura ao contato social e à interação corporal por parte dos pacientes, bem como
resgate da capacidade laborativa e do potencial criativo dos mesmos.