Organização e sistematização de dados de pessoas com deficiência: apoio para o cuidado em rede

DOI: 10.15343/0104-7809.20194303713731

Autores

  • Maria Helena Morgani de Almeida Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP. São Paulo/SP, Brasil.
  • Maria Inês Britto Brunello Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP. São Paulo/SP, Brasil.
  • Patricia Moldan Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. São Paulo/SP, Brasil.
  • Rosé Colom Toldrá Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP. São Paulo/SP, Brasil.
  • Stephanie Krebs Sousa Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP. São Paulo/SP, Brasil.
  • Juliana Meirelles Gonçalves Ito Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – USP. São Paulo/SP, Brasil.
  • Fatima Correa Oliver Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP. São Paulo/SP, Brasil.

Palavras-chave:

Pessoas com Deficiência. Rede de Cuidados Continuados de Saúde. Sistemas de Informação. Atenção Primária à Saúde. Serviços de Reabilitação.

Resumo

A não organização e sistematização de informações fragiliza o cuidado integral às pessoas com deficiência. Objetivou-se organizar e sistematizar dados de pessoas com deficiência acompanhadas em serviços municipais de saúde no âmbito da atenção primária e de média complexidade, na capital paulista, relacionados a: perfil sociodemográfico, acesso a cuidados profissionais e a equipamentos de ajuda e quanto à acessibilidade dos serviços. Objetivou-se também estabelecer associação entre aspectos sociodemográfico e tipos de deficiência. Pesquisa qualitativa, retrospectiva, exploratória, descritiva e documental baseada em análise de prontuários de usuários e de dados de sistemas locais de informação em saúde. Coletadas informações sobre 166 pessoas, sendo 89 homens (53,6%) e 83 (50%) adultos entre 19 e 59 anos; 44 (43,1%) usuários cursaram ensino fundamental completo ou incompleto. Das 102 pessoas que informaram situação laboral, 38 (37,3%) não trabalhavam e entre os que trabalhavam, 22 (41,5%) eram homens. Registraram-se mais deficiências múltiplas (33,4%), deficiência física (24,5%) e intelectual (21,6%). Identificou-se associação estatística (p=0,005) entre faixa etária e tipo de deficiência sendo a deficiência física a mais frequente entre 6 e 14 anos e a deficiência múltipla, entre idosos. Na atenção primária, usuários acessaram predominantemente médicos e enfermeiros e na média complexidade, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e psicólogos. Dentre os dispositivos, prevaleceu o uso de cadeiras de rodas. Observaram-se barreiras arquitetônicas nos serviços de média complexidade e baixa oferta de transporte coletivo. Verificou-se necessidade de aprimorar registro de informações, porém foi possível organizar dados de parte das pessoas com deficiência, ação fundamental para o cuidado em rede.

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Publicado

2019-09-01

Como Citar

Morgani de Almeida, M. H. ., Britto Brunello, M. I. ., Moldan, P. ., Colom Toldrá, R. ., Krebs Sousa, S. ., Meirelles Gonçalves Ito, J. ., & Correa Oliver, F. (2019). Organização e sistematização de dados de pessoas com deficiência: apoio para o cuidado em rede: DOI: 10.15343/0104-7809.20194303713731. O Mundo Da Saúde, 43(03), 713–731. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/51