Toxicidade de águas e sedimentos em um rio afetado por atividades mineradoras pretéritas
DOI: 10.15343/0104-7809.2012364610618
Palavras-chave:
Toxicidade. Daphnia similis. Sedimentos. Água. Mineração.Resumo
A bacia do Rio Ribeira de Iguape foi palco de intensa atividade de mineração de chumbo e, como resultado, estima-se que o
rio Ribeira de Iguape tenha recebido a descarga de aproximadamente 5,5 t/mês de materiais ricos em As, Ba, Cd, Pb, Cu, Cr e
Zn. No presente trabalho, foi analisada a toxicidade de sedimentos e águas coletados ao longo do rio com o intuito de avaliar
a qualidade ambiental, tendo sido realizadas 3 campanhas de coleta, entre 2009 e 2010. Os testes de toxicidade aguda foram
conduzidos com o cladócero Daphnia similis, utilizando as amostras brutas de água e a exposição aos sedimentos pela interface
sedimento-água. Os resultados indicaram, em geral, ausência de toxicidade, tanto para sedimentos quanto para águas, com
efeitos tóxicos agudos registrados apenas episodicamente (toxicidade marginal). Tais resultados são coerentes com as baixas
concentrações de metais em águas e sedimentos indicadas na literatura, porém diferem do monitoramento feito pela agência
ambiental estadual, que tem registrado toxicidade crônica. Essa toxicidade aguda eventual indica, ainda, que embora a qualidade
do Rio Ribeira de Iguape esteja sendo recuperada, as condições ainda não estão totalmente controladas.