Complicações maternas e neonatais em fila de espera da Central de Regulação de Leitos na macrorregião de Maringá
DOI: 10.15343/0104-7809.20143802197203
Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva. Complicações na Gravidez. Recém-Nascido.Resumo
Apesar dos avanços obstétricos, a morbidade e a mortalidade materna ainda se fazem presente no ciclo gravídico-puerperal.
As complicações nessa fase refletem em riscos tanto para gestante quanto para o recém-nascido (RN). Este estudo, de
caráter descritivo quantitativo, teve por objetivo identificar as principais complicações maternas e neonatais que levaram
a solicitações de leitos nas UTIs do Noroeste do Paraná. Foram analisadas variáveis relacionadas às gestantes (idade, número
de gestações e idade gestacional) com objetivo de caracterizar o perfil dessas pacientes. A fonte de dados utilizada
foi a lista de espera de leitos de UTI da Central de Regulação de Leitos do Noroeste do Paraná. No período de Janeiro a
Junho de 2013, foram feitas 2215 solicitações de leitos para UTI, sendo 211 para gestantes e 103 para RN. O diagnóstico
que motivou a maioria das solicitações de vaga de UTI para as gestantes (49,76%) foi Trabalho de Parto Prematuro (TPP),
seguido por ruptura prematura de membrana amniótica (16,11%) e edema, proteinúria e/ou transtornos hipertensivos
(14,22%). Quanto aos recém-nascidos, o diagnóstico prevalente (49,5%) foi prematuridade e a outra metade foram transtornos
cardiorrespiratórios (35%) e malformações congênitas (15,5%). A média de idade das mulheres foi de 24,5 anos,
sendo 60,5% entre 20 e 34 anos; a maioria (37,44%) era nulípara e 90% estavam no 3o trimestre de gestação. O estudo
identificou um elevado número de solicitações de leitos de UTI por TPP e prematuridade, sendo que a maior parte das
gestantes era jovem, nulípara e encontrava-se no último trimestre de gestação.