Influência da composição corporal sobre a força muscular respiratória de crianças amazônidas expostas à terapia antirretroviral ao vírus da imunodeficiência humana
DOI: 10.15343/0104-7809.20194304955975
Palavras-chave:
HAART (Terapia Antirretroviral de Alta Atividade); AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida); Sexo; Fraqueza Muscular; IMC (Índice de Massa Corpórea)Resumo
A terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é importante para suprimir a replicação do HIV; porém, os efeitos adversos pelo uso prolongado provocam preocupação. Com o aumento da incidência da infecção em crianças, a análise das pressões respiratórias máximas das crianças expostas a HAART visa observar possíveis alterações ligadas ao uso continuado: distúrbios metabólicos, cardiovasculares, anormalidades na redistribuição de gordura e na musculatura respiratória. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a influência da composição corporal sobre a força muscular respiratória de crianças amazônidas expostas à terapia do HIV. Acredita-se na possibilidade dessas crianças apresentarem algum grau de subnutrição e dificuldades de acesso a serviços de saúde. Amostra de 60 voluntários, ambos os sexos, idade média de 7,85 anos, sendo dois grupos: experimental GE (n=29), expostos ao HIV e à terapia, e controle GC (n=31), não expostos ao HIV ou à terapia. A amostra foi submetida à mensuração da força muscular respiratória (FMR) pela manovacuometria e da composição corporal: cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC); mensuração das dobras cutâneas tricipital (DCT) e subescapular (DCS) e da circunferência da cintura (CC), para posteriormente calcular a razão CC pela estatura. Os dados foram analisados pelo Teste Exato de Fisher identificando significância estatística do sexo sobre pressões inspiratória (p=0,01) e expiratória máxima (p=0,0008), e DCS (p=0,04), DCT (p=0,05) e CC (p=0,05) sobre Pressão Inspiratória Máxima. Houve influência da distribuição de gordura corporal sobre a força muscular respiratória de crianças amazônidas do sexo feminino, expostas à terapia antirretroviral do vírus da imunodeficiência humana.