Alterações glicêmicas em mulheres pós diabetes mellitus gestacional

DOI: 10.15343/0104-7809.20194304902915

Autores

  • Pâmella Hellmann Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. Joinville/ SC - Brasil
  • Maria Aline Santana Trindade Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. Joinville/ SC - Brasil
  • Luiza Domingues da Fonseca Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. Joinville/ SC - Brasil
  • Iramar Baptistella do Nascimento Universidade do Estado de Santa Catarina - CEPLAN / UDESC. São Bento do Sul/ SC, Brasil
  • Jean Carl Silva Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. Joinville/ SC - Brasil

Palavras-chave:

Gravidez. Índice glicêmico. Diabetes gestacional

Resumo

O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma intolerância à glicose com o primeiro diagnóstico ao longo do 2ºe 3º trimestre da gestação. O propósito deste estudo foi estimar as taxas de reavaliação de diabetes pós-parto em mulheres com DMG identificando a persistência das alterações glicêmicas e fatores associados. A pesquisa caracteriza-se como uma coorte retrospectiva, apontando os dados de seguimento pós-parto no período de 2010 a 2018. As puérperas foram divididas em dois grupos: um com teste oral de tolerância à glicose (TOTG) normal e outro grupo com alteração. Subsequentemente, uma comparativa de variáveis entre os dois grupos: o tempo médio para o desenvolvimento de DMG, idade materna, índice de massa corporal, idade gestacional no momento do diagnóstico, tipo de tratamento utilizado e retorno pós-parto. Realizou-se cálculos de regressão logística multinomial. Foram utilizados os dados de 578 gestantes e, destas, avaliaram-se 263 (45,50%) que retornaram após o parto, 197 (74,90%) representaram o grupo de normoglicêmicas e 66 (25,09%) o grupo com alterações glicêmicas. 41 (15,59%) apresentaram intolerância aos carboidratos e 25 (9,5%) desenvolveram diabetes mellitus tipo 2. Não se identificou aumento de chance de TOTG alterado no pós-parto na idade materna >35 anos, na obesidade e no tipo de tratamento utilizado durante o pré-natal. Consecutivamente, os dados estatísticos apontaram um aumento da chance de TOTG alterado no diagnóstico de DMG realizado no segundo trimestre (3,493 IC95% 1,570-7,770) e, concomitantemente, na hemoglobina glicosilada fração A1C >5,8 durante o pré-natal (3,014 IC95% 1,084-8,380). Já o diagnóstico no terceiro trimestre apresentou-se como um efeito protetor (0,484 IC95% 0,271-0,865). Uma porcentagem inferior à 50% das pacientes retornaram, e destas, 25% apresentou alteração no TOTG. O estudo aponta um risco aumentado de TOTG alterado quando acontece o diagnóstico de DMG no segundo trimestre de gestação. Desta forma, o diagnóstico no segundo trimestre gestacional e a hemoglobina glicosilada fração >5,8, aumentaram as chances, e o diagnóstico no terceiro trimestre diminuiran as chances de alteração no TOTG pós-parto.

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Publicado

2019-12-01

Como Citar

Hellmann, P. ., Santana Trindade, M. A. ., Domingues da Fonseca, L. ., Baptistella do Nascimento, I. ., & Silva, J. C. . (2019). Alterações glicêmicas em mulheres pós diabetes mellitus gestacional: DOI: 10.15343/0104-7809.20194304902915. O Mundo Da Saúde, 43(4), 902–915. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/29