Efeito do cortisol em células leucêmicas K562
DOI: 10.15343/0104-7809.20194304854869
Palavras-chave:
Estresse. Hormônio. Cultura Celular. Câncer. ApoptoseResumo
Numerosos estudos descrevem efeitos causados pelo estresse no desenvolvimento, progressão e mau prognóstico de diversas patologias, como o câncer. Nas últimas décadas, pesquisadores tem investigado o papel dos hormônios associados ao estresse e à progressão do câncer. O cortisol é descrito como um hormônio do estresse primário do corpo humano. Estudos mostram uma correlação positiva dos níveis elevados de cortisol e a progressão do câncer. O aumento da proliferação celular e o aumento das espécies reativas de oxigênio que contribuem para o dano ao DNA, displasia e neoplasia são resultados de estresse prolongado onde o tecido torna-se insensível ao cortisol, o hormônio do estresse primário humano. Este estudo explora a influência do cortisol, um importante hormônio envolvido no estresse no desenvolvimento de células tumorais, particularmente em células humanas de leucemia mielóide crônica (K562). Células K562 foram expostas a concentrações crescentes de cortisol (hidrocortisona), por 24 ou 48 horas e a citotoxicidade (ensaio MTT [brometo de 3- (4,5- dimetiltiazolil-2) -2,5-difeniltetrazio]) e os processos de morte celular (microscopia de fluorescência) foram investigados. Nossos dados mostram um papel considerável do cortisol não apenas na atividade mitocondrial, mas também nos processos de proliferação e morte apoptótica e necrótica nas células K562. Estes resultados demonstram a possível influência do estresse no desenvolvimento do tumor e demonstra que as células K562 podem ser adaptadas aos níveis de cortisol de acordo com o tempo.