Interações medicamentosas potenciais em pacientes ambulatoriais

DOI: 10.15343/0104-7809.20174101107115

Autores

  • Luciane Maria Ribeiro Neto Centro Universitário São Camilo – CUSC, Curso de Farmácia. São Paulo, SP, Brasil.
  • Valter Luiz da Costa Junior Centro Universitário São Camilo – CUSC, Curso de Farmácia. São Paulo, SP, Brasil.
  • Marisa Aparecida Crozara Hyalos Pharma Consultoria e Treinamente

Palavras-chave:

Interações de medicamentos. Uso racional de medicamentos. Segurança do paciente.

Resumo

As interações medicamentosas podem levar pacientes a resultados insatisfatórios no tratamento ou até mesmo ao óbito.
O objetivo deste estudo foi avaliar as potenciais interações medicamentosas entre medicamentos de uma população
atendida no ambulatório de um Serviço de Acompanhamento Farmacoterapêutico (SAF). Avaliou-se 37 pacientes,
ambos os gêneros, atendidos pelo SAF de um Centro de Reabilitação Multiprofissional de São Paulo, entre setembro
e dezembro de 2015. O estudo foi observacional, descritivo e prospectivo (CEP nº 1.166.812). Variáveis coletadas:
procedência do paciente, idade, gênero, escolaridade, doenças diagnosticadas e medicamentos utilizados. Avaliou-se as
doenças, interações medicamentosas e fármacos utilizados. Dos 37 pacientes (de 2 a 83 anos), 70,3% eram do gênero
feminino e 67,5% idosos. Foram identificadas 58 doenças diagnosticadas (4,7 doenças/paciente) sendo a mais frequente
Hipertensão Arterial Sistêmica (86,5%), 307 medicamentos em uso, correspondentes a 70 fármacos classificados em
13 grupos ATC. A polifarmácia foi identificada em 31 pacientes. O fármaco mais utilizado foi sinvastatina (54,1%). Em
relação à gravidade das interações identificou-se: 16,8% de gravidade baixa, 76,6% de gravidade moderada e 6,6%
de gravidade alta. A potencial interação de gravidade moderada entre sinvastatina e omeprazol foi a mais frequente,
cujas principais consequências são hepatotoxicidade e lesões musculares. Ressalta-se que nove pacientes faziam uso
de omeprazol sem indicação válida. Foi possível identificar a ocorrência de potenciais interações medicamentosas entre
medicamentos de gravidade alta e moderada confirmando a necessidade do acompanhamento farmacoterapêutico.
Entretanto, a falta de um sistema de comunicação rápido e efetivo dificulta a realização das necessárias intervenções
farmacêuticas nas prescrições.

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Publicado

2017-01-01

Como Citar

Ribeiro Neto, L. M. ., da Costa Junior, V. L., & Crozara, M. A. (2017). Interações medicamentosas potenciais em pacientes ambulatoriais: DOI: 10.15343/0104-7809.20174101107115. O Mundo Da Saúde, 41(1), 107–115. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/234