O impacto da padronização de vitamina K em dietas hospitalares
DOI: 10.15343/0104-7809.20174103333342
Palavras-chave:
Dieta. Vitamina K. Coagulação sanguínea, Varfarina. Serviço hospitalar de nutrição.Resumo
Estudo prospectivo controlado que avaliou o impacto de modificações dietéticas padronizadas dos teores de vitamina K em dietas hospitalares sobre o controle da anticoagulação oral crônica em pacientes internados, em uso de varfarina. O grupo intervenção recebeu dieta com teor padronizado de vitamina K e o grupo controle recebeu dieta sem essa padronização. Em ambos, o monitoramento da Razão Normalizada Internacional (RNI) foi realizado de acordo com protocolo da equipe médica, sem interferência dos membros da pesquisa. Foram coletados dados sobre o consumo alimentar de vitamina K, o RNI, a dosagem de varfarina utilizada, e o tempo dispendido para normalização do RNI. O consumo alimentar foi avaliado por meio de recordatório alimentar 24 horas a partir do início do uso de varfarina até a normalização do RNI. A amostra foi composta por 55 pacientes, sendo 29 no grupo controle e 26 no grupo intervenção. A média de idade foi 55,47±17,52 anos, sendo 56,3% do sexo feminino e 49,1% idosos. O coeficiente de variação do consumo de vitamina K foi significativamente maior no grupo controle (0,45±0,22) quando comparado ao grupo intervenção (0,31±0,19), p=0,018. A dosagem média de varfarina utilizada foi significativamente menor no grupo intervenção (5,30±1,42 mg/dia) quando comparado ao grupo controle (6,21±1,84mg/dia), p=0,044. Os dados obtidos mostraram que uma dieta hospitalar com quantidades padronizadas de vitamina K reduziu a dosagem de varfarina utilizada na normalização do RNI em pacientes anticoagulados orais. Por conseguinte, a dosagem menor de varfarina induzida pela dieta pode reduzir o risco de eventos hemorrágicos, sobretudo em idosos.