Comparação de densidade e resistência bacterianas em diferentes compartimentos de praia: a água deve ser nossa principal preocupação?

DOI: 10.15343/0104-7809.201740A461482

Autores

  • Bruna Del Busso Zampieri Department of Biochemistry and Microbiology, Bioscience Institute, Campus Rio Claro. Rio Claro/SP. Brazil.
  • Raphaela Sanches de Oliveira Instituto de Biociências, UNESP, Campos do Litoral Paulista. São Vicente/ SP, Brasil
  • Aline Bartelochi Pinto Department of Biochemistry and Microbiology, Bioscience Institute, Campus Rio Claro. Rio Claro/SP. Brazil.
  • Vanessa da Costa Andrade Department of Biochemistry and Microbiology, Bioscience Institute, Campus Rio Claro. Rio Claro/SP. Brazil.
  • Edison Barbieri *Institute of the São Paulo Secretary of Agriculture, Mariculture Division, Cananéia Base. Cananéia/SP. Brazil
  • Roberta Merguizo Chinellato Instituto de Biociências, UNESP, Campos do Litoral Paulista. São Vicente/ SP, Brasil
  • Ana Júlia Fernandes Cardoso de Oliveira Instituto de Biociências, UNESP, Campos do Litoral Paulista. São Vicente/ SP, Brasil

Palavras-chave:

Qualidade da água. Areia. Mexilhões. Escherichia coli. Enterococcus. Aeromonas.

Resumo

As regiões costeiras são muito importantes, uma vez que proporcionam alimentos, permitem atividades econômicas e de lazer, no entanto, o aumento da urbanização das áreas costeiras é acompanhado por grandes volumes de efluentes orgânicos, que às vezes são descarregados in natura em corpos d’água, aumentando o risco da presença de bactérias patogênicas e resistentes em ambientes marinhos. De fato, estudos recentes mostraram maiores densidades bacterianas nos sedimentos do que na água, pois apresentam condições mais favoráveis para a sobrevivência bacteriana (e.g. proteção solar e de predação). Além disso, os bivalves tendem a acumular bactérias suspensas da água, pois são organismos que alimentam-se por filtração. Assim, o presente estudo avaliou densidades e resistência a antibióticos de Enterococcus sp., Escherichia coli e Aeromonas sp. em amostras de água, sedimentos e mexilhões. As amostras foram coletadas na Praia dos Sonhos (Itanhaém) e na Ilha Ubuqueçaba (Santos). As densidades bacterianas foram determinadas pela técnica de filtro de membrana e as cepas isoladas foram submetidas ao teste de sensibilidade aos antibióticos. As densidades bacterianas foram menores na água e maiores nas amostras de sedimentos e mexilhões. As cepas bacterianas de Santos apresentaram maiores frequências de resistência do que as isoladas de Itanhaém (área menos impactada). As cepas de Aeromonas foram mais resistentes à Cefalotina e Cefuroxime, Enterococcus à Gentamicina e Estreptomicina, e E. coli à Vancomicina e Eritromicina. Os resultados obtidos apontam para a necessidade de estabelecer políticas públicas, leis e programas de monitoramento relativos à qualidade microbiológica de moluscos e sedimentos, incluindo o uso de Enterococcus sp. como indicador microbiológico, bem como sobre a resistência das bactérias presentes nesses ambientes.

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Publicado

2017-12-01

Como Citar

Del Busso Zampieri, B. ., Sanches de Oliveira, R. ., Bartelochi Pinto, A., da Costa Andrade, V. ., Barbieri, E. ., Merguizo Chinellato, R. ., & Fernandes Cardoso de Oliveira, A. J. . (2017). Comparação de densidade e resistência bacterianas em diferentes compartimentos de praia: a água deve ser nossa principal preocupação? DOI: 10.15343/0104-7809.201740A461482. O Mundo Da Saúde, 40(A), 461–482. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/184