Perfil dos usuários acompanhados em uma unidade básica de saúde da família, internados por doenças crônicas não transmissíveis
DOI: 10.15343/0104-7809.20174104617624
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde. Doenças Crônicas. Unidade Básica de Saúde.Resumo
O Sistema de Informações Hospitalares do SUS (Sistema Único de Saúde) permite observar a ocorrência de cerca de 80% das internações hospitalares no país. As internações hospitalares são indicadores para avaliar a efetividade da atenção básica à saúde. As hospitalizações por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) poderiam ser evitadas por uma assistência oportuna na Estratégia de Saúde da Família (ESF). O objetivo foi identificar o perfil (sexo e idade) de pacientes que necessitaram de internações por Doenças Crônicas Não Transmissíveis e as ações de promoção da saúde e prevenção das doenças utilizadas para diminuir a morbimortalidade nesta população acompanhada em uma unidade de atenção primária. Tratou-se de um estudo transversal com dados secundários do Sistema de Informação da Atenção Básica de Saúde, englobando variáveis relacionadas às internações. As internações por DCNT representaram 37,1% do total de internações realizadas em 2015. A maior proporção de internações ocorreu em pacientes do sexo masculino (49,5%) e nas faixas etárias entre 38-47 (10,4%) e 48-57 (9,8%) em todos os meses analisados; entre as causas destacam-se Hipertensão Arterial (59,4%), Diabete Mellitus (18,8%), doenças pulmonares (10,9%) e o câncer (10,9%). As medidas de promoção e prevenção são eficazes para o monitoramento de fatores de risco para as DCNT, pois necessitam de uma atenção a longo prazo; entender as potencialidades e as deficiências da complexa rede de atenção à saúde é algo que se faz necessário, possibilitando qualificar os serviços, a organização e a articulação destes a fim de impactar positivamente nos resultados de saúde.