Atividade antiulcerogênica do extrato etanólico de Licania macrophylla Benth

DOI: 10.15343/0104-7809.20194304814833

Autores

  • Priscila Faimann Sales Universidade Federal do Amapá - PPGCS/UNIFAP. Macapá/AP, Brasil
  • Patrícia de Almeida Nóbrega Universidade Federal do Amapá - PPGCS/UNIFAP. Macapá/AP, Brasil
  • Alessandra Azevedo do Nascimento Universidade Federal do Amapá - PPGCS/UNIFAP. Macapá/AP, Brasil
  • Felipe Ricardo Ferreira Brito Corrêa
  • Giuvanna Nascimento de Veiga Cabral Universidade Federal do Amapá - PPGCS/UNIFAP. Macapá/AP, Brasil
  • Eginna Gonçalves da Silva Faculdade Estácio de Macapá. Macapá- AP, Brasi

Palavras-chave:

Medicinal plants. Crude extract. Anauerá. Gastric ulcer.

Resumo

A espécie Licania macrophylla Benth, conhecida popularmente como “anauerá”, “anuera”, “anoerá”, “ana-wyra” e “wayãpi” amplamente encontrada na Amazônia, onde comunidades ribeirinhas utilizam diferentes partes da planta para como o tratamento de amebíase, distúrbios disentéricos, ação cicatrizante e anti-inflamatória. O presente estudo tem como objetivo investigar a atividade gastroprotetora do extrato etanólico da casca do caule de L. macrophylla em animais experimentais. Para tanto, foram realizados modelos experimentais distintos para a indução da úlcera gástrica como o etanol absoluto (99,5%), etanol acidificado (60%/0, 3M de HCl), e o modelo de drogas anti-inflamatórias não esteroidais (indometacina). Neste estudo para os modelos experimentais etanol absoluto e acidificado foram utilizados Camundongos Swiss fêmeas 25-30g para o modelo de drogas anti-inflamatórias não esteroidais foram utilizados ratos Wistar fêmeas 200-300g. Cada modelo experimental foi dividido em grupos de cinco (5) animais para cada doses testadas do extrato de L. macrophylla (100, 250 e 625 mg/kg), bem como para o grupo controle negativo (veículo) e positivo (carbenoxolona), todas as administrações foram realizadas via oral, obedecendo a uma relação de volume de no máximo 10 ml/kg de peso corporal para camundongos e de 100ml/kg para ratos. Após cada experimento, os estômagos foram avaliados para determinação dos seguintes parâmetros: área total da lesão, percentagem de úlcera, índice de lesões ulcerativas; percentagem de cura. A análise estatística foi realizada pelo teste ANOVA one-way seguido do pós-teste de Dunnett, considerando os valores significativos quando p<0,05. O extrato etanólico de L. macrophylla apresentou efeito gastroprotetor contra as lesões gástricas induzidas pelo etanol absoluto, reduzindo significativamente nas doses (250 e 625 mg/kg) os parâmetros estabelecidos, promovendo uma porcentagem de cura de (53,76%±5,71 e 84,15%±1,89). Para o protocolo experimental realizado com o etanol acidificado os resultados mostraram que os animais tratados com o extrato etanólico de L. macrophylla nas doses de (250 e 625mg/kg) diminuiu significativamente ao analisar os parâmetros estabelecidos, obtendo como porcentagem de cura de (52,34%±4,83 e 83,86%±2,46). O extrato etanólico de L. macrophylla no modelo de indução de lesão gástrica por anti-inflamatório não esteroidal, foi capaz de reduzir significativamente para todas as doses testadas (100, 250 e 625 mg/kg) os parâmetros estabelecidos, com porcentagem de cura (%) de (84,46%±1,33; 75,00%±3,71 e 72,27%±2,06). Em conclusão, o extrato de L. macrophylla apresenta ação antiulcerogênica nos modelos de indução por etanol absoluto e acidificado, bem como para o modelo de úlcera induzido por drogas anti-inflamatórias não esteroidais com expressiva atividade gastroprotetora.

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Publicado

2019-12-01

Como Citar

Faimann Sales, P., de Almeida Nóbrega, P. ., Azevedo do Nascimento, A. ., Ferreira Brito Corrêa, F. R. ., Nascimento de Veiga Cabral, G. ., & Gonçalves da Silva, E. . (2019). Atividade antiulcerogênica do extrato etanólico de Licania macrophylla Benth: DOI: 10.15343/0104-7809.20194304814833. O Mundo Da Saúde, 43(4), 814–833. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/16