Relação entre o bem-estar subjetivo e o autocuidado em cuidadores em tempos pandêmicos

10.15343/0104-7809.202246321330

Autores

Palavras-chave:

Avaliação. Carga afetiva. Cuidados básicos. Autocuidado.

Resumo

O autocuidado se refere à práticas de prevenção de doenças e de manutenção da saúde. A capacidade de autocuidado pode ser um fator importante em diferentes condições e contextos, e associados aos aspectos da saúde do indivíduo podem proporcionar benefícios diretos a esta pessoa. Durante a Pandemia (COVID-19) esta capacidade pode estar diminuída ou prejudicada, e ainda imbricado com aspectos afetivos, de forma a influenciar o seu bem-estar subjetivo, ou seja, afetar sua avaliação do próprio bem-estar. Assim, esse Estudo teve como Objetivo avaliar a relação entre capacidade de autocuidado e a atribuição afetiva (positiva ou negativa) de adultos que atuam como cuidadores, dos gêneros masculino e feminino. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico, a Escala de Afetos Positivos e Negativos e a Escala para Avaliar as Capacidades de Autocuidado. Após a análise de frequência das variáveis, passou-se a análise de correlação de Pearson e por meio dela foram reveladas associações moderadas (médio altas) entre a medida de afeto positivo e autocuidado (r=0,62; p=0,000) e afeto negativo e autocuidado, neste caso, com coeficiente negativo (r=-0,42; p=0,000), indicando assim, que pessoas tendem a ter mais autocuidado, apresentar melhor afeto positivo e menor afeto negativo, respectivamente. Pôde-se inferir a ideia de que bem-estar e qualidade de vida estão imbricados à atribuição afetiva do indivíduo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Webber D, Guo Z, Mann S. Self-care in health: we can define it, but should we also measure it? Selfcare Journal [Internet]. 2013. [acess
02 September of 2021]; 4(5):101-6. Available from: https://selfcarejournal.com/article/self-care-in-health-we-can-define-it-but-should-we-alsomeasure-
it/.
2. Dias JC, Rodrigues IA, Casemiro, FG, Monteiro DQ, Luchesi BM, Chagas MHN, Castro PC, Pavarini SCI, Gratão ACM. Effects of a health
education program on cognition, mood and functional capacity. Rev Bras Enferm. 2017; 70(4): 814-21. https://doi.org/10.1590/0034-7167-
2016-0638
3. Bettoni LC, Ottaviani AC, Orlandi FS. Relação entre autocuidado e sintomas depressivos e ansiosos de indivíduos em tratamento hemodialítico.
Rev Rene. 2017; 18(2): 181-6. https://doi.org/10.15253/2175-6783.2017000200006
4. Coutinho LSB, Tomasi E. Déficit de autocuidado em idosos: características, fatores associados e recomendações às equipes de estratégia saúde
da família. Interface (Botucatu) [Internet]. 2020. [acess 03 september of 2021]; 24(supl 1): e190578. https://doi.org/10.1590/Interface.190578
5. Orem, DE. Nursing: concepts of practice. 6ª ed. Saint. Louis: Mosby; 2001. ISBN 0-323-00864-X
6. Sanchez-Reilly S, Morrison LJ, Carey E, Bernacki R, O’Neill L, Kapo J, Periyakoil VS, Thomas JL. Caring for oneself to care for others: physicians
and their self-care. J Support Oncol. 2013; 11(2): 75-81. https://dx.doi.org/ 10.12788/j.suponc.0003
7. Dias P, Hirata M, Machado FP, Luis MAV, Martins JT. Bem-estar, qualidade de vida e esperança em cuidadores familiares de pessoas com
esquizofrenia. Rev Port Enferm Saúde Mental. 2020; (23): 23-30. https://doi.org/10.19131/rpesm.0269
8. Flesch LD, Batistoni SST, Neri AL, Cachioni M. Fatores associados à qualidade de vida de idosos que cuidam de outros idosos. Rev Bras de
Geriatr Gerontol. 2019; 22(3): e180155. https://doi.org/10.1590/1981-22562019022.180155
9. Freitag VL, Milbrath VM, Da Motta MGC. Madre-cuidadora de niño/ adolescente con parálisis cerebral: el cuidado de sí misma. Enfermería
Global [Internet]. 2018. [acess 03 september of 2021]; 17(50): 349-60. https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.265821
10. Diener E. Subjective well-being. Psychological Bulletin. 1984; 95(3): 542-75. https://doi.org/10.1037/0033-2909.95.3.542
11. Watson D, Clark LA, Tellegen A. Development and validation of brief measures of positive and negative affect: the PANAS scales. J Pers Soc
Psychol. 1988; 54(6): 1063-70. https://doi.org/10.1037//0022-3514.54.6.1063
12. Nunes LYO, Lemos DCL, Ribas Júnior RC, Behar CB, Santos PPP. Análise psicométrica da PANAS no Brasil. Ciências Psicológicas [Internet].
2019. [acess 03 september of 2021]; 13(1): 45-55. https://doi.org/10.22235/cp.v13i1.1808
13. Davidson KW, Mostofsky E, Whang W. Don’t worry, be happy: positive affect and reduced 10-year incident coronary heart disease: the
canadian nova scotia health survey. Eur Heart J. 2010; 31(9): 1065-70. https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehp603
14. Bradley B, DeFife JA, Guarnaccia C, Phifer J, Fani N, Ressler KJ, Westen D. Emotion dysregulation and negative affect: association with
psychiatric symptoms. J Clin Psychiatry. 2011; 72(5): 685-91. https://doi.org/10.4088/jcp.10m06409blu
15. Payne TW, Schnapp MA. The relationship between negative affect and reported cognitive failures. Depress Res Treat. 2014; 2014: 396195.
https://doi.org/10.1155/2014/396195
16. Brasil. Ministério da Saúde [página na internet]. COVID-19 no Brasil [acess 11 october of 2021]. Available from: https://susanalitico.saude.
gov.br/extensions/covid-19_html/covid-19_html.html
17. Zanon C, Dellazzana-Zanon LL, Wechsler SM, Fabretti RR, Rocha KN. COVID-19: implicações e aplicações da psicologia positiva em
tempos de pandemia. Estudos de Psicologia [Internet]. 2020. [acess 03 september of 2021]; 37: e200072. https://doi.org/10.1590/1982-
0275202037e200072
18. Asmundson GJG, Paluszek MM, Landry CA, Rachor GS, Mckay D, Taylor S. Do pre-existing anxiety-related and mood disorders differentially
impact COVID-19 stress and coping? J Anxiety Disord. 2020; 74: 102271. https://doi.org/10.1016/j.janxdis.2020.102271
19. Albuquerque EPT, Cintra AMO, Bandeira M. Sobrecarga de familiares de pacientes psiquiátricos: comparação entre diferentes tipos de
cuidadores. J Bras Psiquiatr. 2010; 59(4): 308-16. https://doi.org/10.1590/S0047-20852010000400007
20. Almeida LS, Freire T. Metodologia de investigação em psicologia e educação. 5ª ed. Braga: Psiquilíbrios; 2008. ISBN: 9729738858
21. Zanon C, Bastianello MR, Pacico JC, Hutz CS. Relationships between positive and negative affect and the five factors of personality in a
brazilian sample. Paidéia. 2013; 23(56): 285-92. https://doi.org/10.1590/1982-43272356201302
22. Silva JV, Domingues EAR. Adaptação cultural e validação da escala para avaliar as capacidades de autocuidado. ACS. 2017; 24(4): 30-6.
https://doi.org/10.17696/2318-3691.23.4.2017.686
23. Greetham DV, Hurling R, Osborne G, Linley A. Social networks and positive and negative affect. Procedia: Social and behavioral Sciences.
2011; 22: 4-13. https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2011.07.051
24. Martins CAC. Autocompaixão, afeto positivo, afeto negativo e sintomatologia depressiva em adultos. Dissertação de mestrado em Psicologia
Clínica e da Saúde. Universidade da Beira Interior. 2019.
25. Scorsolini-Comin F, Santos MA. A medida positiva dos afetos: bem-estar subjetivo em pessoas casadas. Psicol Reflex Crít. 2012; 25(1): 11-20.
https://doi.org/10.1590/S0102-79722012000100003.

Publicado

2022-09-22

Como Citar

Ogassavara, D., Ferreira de Souza, J., Fuga da Silva, D., Bartholomeu, D., & Montiel, J. M. (2022). Relação entre o bem-estar subjetivo e o autocuidado em cuidadores em tempos pandêmicos: 10.15343/0104-7809.202246321330. O Mundo Da Saúde, 46, 321–330. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/1411

Edição

Seção

Artigos