Variáveis socioeconômicas e demográficas associadas a autorrelato de violência doméstica durante o “Fique em casa!”: estudo transversal com amostra de uma comunidade universitária
DOI:
https://doi.org/10.15343/0104-7809.202347e14052022PPalavras-chave:
Violência Doméstica, Violência contra a Mulher, Pandemia por COVID-19, Distanciamento SocialResumo
Este estudo teve como objetivo estimar a frequência e identificar variáveis socioeconômicas e demográficas associadas ao autorrelato de violência doméstica durante as medidas de distanciamento social decorrentes da pandemia da COVID-19 em uma comunidade universitária. Trata-se de estudo transversal com amostra de conveniência online. Estudantes, técnicos administrativos e professores eram elegíveis ao estudo. A participação consistiu em responder a um questionário autoaplicável com questões sociodemográficas e da vivência da pandemia. Foram calculadas frequências absolutas e relativas e comparadas as proporções nas variáveis categóricas pelo teste Qui-Quadrado. Estimaram-se razões de chances via regressão logística para identificar os fatores associados ao autorrelato de violência doméstica durante o distanciamento social. De julho a agosto de 2020, 2.629 participantes responderam ao questionário. A maioria era do sexo feminino (57%), solteira (67%), branca (55%) e com até 29 anos de idade (62%). O autorrelato de violência doméstica esteve associado ao nível fundamental/médio (RCaj.: 2,80; IC95%: 1,60 – 5,50), ao nível de graduação (RCaj.: 2,20; IC95%: 1,20 – 4,40), ao sexo feminino (RCaj.: 1,60; IC95%: 1,20 – 2,20) e a ser solteiro (RCaj.: 1,60; IC95%: 1,10 – 2,40). O enfrentamento da violência, especialmente contra as mulheres, pessoas solteiras e com baixa escolaridade, deve ser construído a partir de uma base intersetorial e em rede, envolvendo ações emancipatórias, cuidado, proteção, assistência psicossocial e capacitação profissional.
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