Óleo de gengibre (Zingiber officinale) no combate a larvas de Contracaecum sp. causadoras de zoonoses humanas

DOI: 10.15343/0104-7809.20184202534547

Autores

  • Gilberto Cezar Pavanelli Maringá University Center (UniCesumar), Post-graduate Program in Promotion of Health at the Cesumar Institute of Science, Technology, and Innovation, Maringá, PR, Brazil.
  • Islayla Paloma Nunes Simas State University of Maringá (UEM), Post-graduate Program in Environmental Biotechnology, Maringá, PR, Brazil.
  • José Eduardo Gonçalves Maringá University Center (UniCesumar), Post-graduate Program in Clean Technology and Cesumar Institute of Science, Technology, and Innovation, Maringá, PR, Brazil.
  • Ana Luiza de Brito Portela Castro State University of Maringá (UEM), Post-graduate Program in Environmental Biotechnology, Maringá, PR, Brazil.

Palavras-chave:

Zoonoses. Peixes. Gengibre. Larvicida. Anisaquíase.

Resumo

Os helmintos nematoides anisaquídeos possuem grande importância em saúde pública, havendo vários relatos de infecções humanas causadas pelas larvas desses parasitos em vários países do mundo. Esses parasitas são comuns em peixes de água doce e marinhos, tendo o homem como hospedeiro acidental. A contaminação ocorre quando os seres humanos se alimentam de peixes crus na forma de sushi, sashimi e ceviche, infectados pelos estados larvais desses nematoides. Nos rios brasileiros há registros dessas larvas em Astyanax altiparanae (lambaris) e Geophagus brasiliensis (acará ou papa-terra), que são espécies amplamente distribuídas na região Neotropical, em especial no Brasil. Essas doenças são pouco conhecidas pelos profissionais da saúde brasileiros, pois sua frequência ainda é pequena, devido ao baixo consumo de peixes pela população e às dificuldades no diagnóstico pela classe médica. O presente estudo teve como objetivo avaliar a ação larvicida do óleo essencial de gengibre (Zingiber officinale) em larvas de Contracaecum sp. retirados da cavidade visceral de acarás e lambaris, coletados no lago do Parque do Ingá, Maringá, PR no ano de 2016. Nesse sentido, 234 espécimes de peixes foram necropsiados e suas larvas testadas para verificar o efeito larvicida do gengibre. Destes peixes, 123 estavam parasitados, equivalendo a 52,5%, dos quais coletou-se 181 larvas, todas na cavidade celomática. Essas substancias mostraram-se promissores larvicidas, promovendo a morte das larvas no teste in vitro do óleo essencial do gengibre. Essa ação larvicida foi observada em tempos e concentrações diferentes, mostrando a eficácia do óleo de gengibre no combate a essa zoonose. Sugere-se que novos produtos naturais sejam testados com esse objetivo, pois é crescente o aumento no número de pessoas que passaram a se alimentar de peixes crus no Brasil.

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Publicado

2018-04-01

Como Citar

Pavanelli, G. C. ., Nunes Simas, I. P., Gonçalves, J. E. ., & de Brito Portela Castro, A. L. . (2018). Óleo de gengibre (Zingiber officinale) no combate a larvas de Contracaecum sp. causadoras de zoonoses humanas: DOI: 10.15343/0104-7809.20184202534547. O Mundo Da Saúde, 42(2), 534–547. Recuperado de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/138

Edição

Seção

Artigos