Dilemas sobre o uso da máscara facial no pós-pandemia: uma medida preventiva e controle de doenças respiratórias infectocontagiosas

10.15343/0104-7809.202246131141

Resumo

Objetivou-se compreender os motivos da adesão ou não do participante ao uso da máscara em caso de ter alguma “gripe”; conhecer as ações realizadas pelos participantes para evitar a transmissão quando apresentavam os sintomas de gripe antes da pandemia; identificar a opinião dos participantes sobre o usos de máscara antes da pandemia; verificar as sensações quanto ao uso de máscara facial na pandemia e averiguar a aceitação da população quanto ao uso de máscara facial em caso de sintomas de doenças respiratórias infectocontagiosas na pós-pandemia. Consiste-se em um estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, realizado com 62 participantes usuários de transporte coletivo. Utilizou-se entrevistas semiestruturadas no mês de outubro de 2020. Os dados coletados foram submetidos à análise segundo a fenomenologia social e categorizados conforme abordagem fenomenológica. As motivações para usar a máscara em locais públicos em caso de gripe na pós-pandemia, mostram a preocupação com a prevenção e a proteção consigo e com outros. A não adesão refere-se à dificuldade no convívio social e o desconforto. Assim, compreende-se que o autocuidado esteve presente entre vários discursos dos participantes e que quase a totalidade dos participantes, em caso de “gripe” utilizarão a máscara depois da pandemia. Conclui-se que a educação da população relacionada ao uso de máscara facial na pós-COVID-19, em locais públicos, visando diminuir a disseminação e a contaminação pelas doenças respiratórias infectocontagiosas é primordial.