Mortalidade infantil no Brasil, 2007 a 2016
10.15343/0104-7809.202145273282
Palavras-chave:
Criança. Mortalidade Infantil. Indicadores Básicos de Saúde.Resumo
Os indicadores de saúde são cruciais, visto que fornece informações essenciais para o estabelecimento de metas e avaliação dos planos sociais e econômicos. Nesta perspectiva, o estudo objetiva observar a mortalidade infantil no Brasil, no período de 2007 a 2016. Trata-se de um estudo epidemiológico, ecológico de série temporal, com uso de dados de base populacional, que foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, a fim de obter o indicador Coeficiente de Mortalidade Infantil. Os resultados mostraram que a mortalidade infantil tem um declínio a partir da avaliação anual do indicador entre os anos 2007 a 2015, todavia, o ano de 2016 mostra-se com discreto aumento. Observou-se, ainda, que as afecções originadas no período perinatal emergiram como principal causa de mortalidade infantil no período analisado. As causas de mortalidade infantil no período analisado foram identificadas afecções originadas no período perinatal, como as mais prevalentes. Os Estados do Amapá (19.81), Bahia (17.37) e Acre (17.27) apresentaram os maiores indicadores, mas esse indicador pode ser reduzido através de melhores condições sanitárias, econômicas e assistenciais. Dessa maneira, é fundamental ampliar os serviços de saúde, principalmente nas localidades socialmente vulneráveis, e fortalecer os programas de assistência à mãe e ao bebê.
Downloads
Referências
2. Gupta M, Angeli F, Schayck OCP, Bosma H. Effectiveness of a multiple-strategy community intervention to reduce maternal and child health inequalities in Haryana, North India: a mixed-methods study protocol. Glob Health Action. 2015 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 8(10):259-287. https://doi.org/10.3402/gha.v8.25987
3. Lungu EA, Biesma R, Chirwa M, Darker C. Healthcare seeking practices and barriers to accessing under-five child health services in urban slums in Malawi: a qualitative study. BMC Health Serv Res. 2016 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 16(1):410-420. https:// doi.org/10.1186/s12913-016-1678-x
4. Samarasekera U, Horton R. The world we want for every newborn child. Lancet. 2014 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 384(9938):107-109. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(14)60837-0
5. Rasella D, Aquino S, Santo CAT, Paes-Sousa R, Barreto ML. Effect of a conditional cash transfer programme on childhood mortality: a nationwide analysis of Brazilian municipalities. Lancet. 2013 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 382(9886):57-64. https://doi. org/10.1016/S0140-6736(13)60715-1
6. Ansari MS, Manzoor R, Siddiqui N, Ahmed AM. Access to comprehensive emergency obstetric and newborn care facilities in three rural districts of Sindh province, Pakistan. Health Res Policy Sys. 2015 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 13:55. https://doi. org/10.1186/s12961-015-0042-7
7. Abegunde D, Orobaton N, Sadauki H, Bassi A, Kabo IA, Abdulkarim M. Countdown to 2015: Tracking Maternal and Child Health Intervention Targets Using Lot Quality Assurance Sampling in Bauchi State Nigeria. PLos ONE. 2014 [Acesso em 14 de outubro de 2020];9(8):105-108. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0129129
8. Kanu JS, Tang Y, Liu Y. Assessment on the knowledge and reported practices of women on maternal and child health in rural Sierra Leone: a cross-sectional survey. PLos ONE. 2014 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 9(8):129-135. https://doi.org/10.1371/journal. pone.0105936
9. Bhutta ZA, Guerrant RL, Nelson III CA. Neurodevelopment, Nutrition, and Inflammation: The Evolving Global Child Health Landscape. Pediatrics. 2017 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 139. https://doi.org/10.1542/peds.2016-2828D
10. Bhutta ZA, Guerrant RL, Nelson III CA. Paediatricians and the sustainable development goals. Lancet Child Adolesc. Health. 2019 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 3(4):213-2014. https://doi.org/10.1016/S2352-4642(19)30063-X
11. Boyle CF, Levin C, Hatefi A, Madriz S, Santos N. Achieving a “Grand Convergence” in Global Health: Modeling the Technical Inputs, Costs, and Impacts from 2016 to 2030. PLos ONE. 2015 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 10(10):e0140092. https://doi. org/10.1371/journal.pone.0140092
12. Hangoma P, Aakvik A, Robberstad B. Explaining changes in child health inequality in the run up to the 2015 Millennium Development Goals (MDGs): The case of Zambia. PLos ONE. 2017 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 12(2):e0170995. https://doi.org/10.1371/ journal.pone.0170995
13. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementação. 2018 [Acesso em 14 de outubro de 2020]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html
14. Leal MC, Szwarcwald CL, Almeida PVB, Aquino EML, Barreto ML, Barros F, et al. Saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil nos 30 anos do Sistema Único de Saúde (SUS). Cien Saúde Colet. 2018 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 23(6):1915-1928. https:// doi.org/10.1590/1413-81232018236.03942018
15. Martins PCR, Pontes ERJC, Higa LT. Convergência entre as Taxas de Mortalidade Infantil e os Índices de Desenvolvimento Humano no Brasil no período de 2000 a 2010. Interações. 2018 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 19(2):291-303. http://dx.doi. org/10.20435/inter.v19i2.1552
16. Silva EN, Silva MT, Pereira MG. Estudos de avaliação econômica em saúde: definição e aplicabilidade aos sistemas e serviços de saúde. Epidemiol. Serv. Saúde. 2016 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 25(1):205-207. https://doi.org/10.5123/S1679- 49742016000100023
17. Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. 2016 [Acesso em 14 de outubro de 2020]. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf
18. Ugá MAD, López EM. Os hospitais de pequeno porte e sua inserção no SUS. Cien Saúde Colet. 2007 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 12(4):915-928. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232007000400013
19. Viacava F, Xavier DR, Bellido JG, Matos VP, Magalhães MAFM, Velasco W. Projeto Brasil Saúde Amanhã: relatório de pesquisa sobre internações na esfera municipal. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; Fiocruz. 2014 [Acesso em 14 de outubro de 2020]. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://saudeamanha.fiocruz.br/wp-content/uploads/2016/07/RP-02. pdf&ved=2ahUKEwiAxoHx-avvAhVmLLkGHTHmCLIQFjAAegQIARAC&usg=AOvVaw3gsbqlGkJoNj_rrsvUtZWk
20. Araujo BF, Bozzetti MC, Tanaka ACA. Mortalidade neonatal precoce no município de Caxias do Sul: um estudo de coorte. J. Pediatr (Rio J). 2000 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 76(3):200-206. Disponível em: http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-03-200/ port_print.htm
21. Gaiva MAM, Fujimori E, Sato APS. Fatores de risco materno e infantil associados à mortalidade neonatal. Texto Contexto Enferm. 2016 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 25(4):e2290015. http://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016002290015
22. Ministério da Saúde (BR). Portaria MS/GM nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Brasília: Ministério da Saúde. 2011 [Acesso em 14 de outubro de 2020]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html
23. Nascimento JS, Silva MS, Oliveira ECT, Monte GCSB. Assistência à Mulher no Pré-Natal, Parto e Nascimento: Contribuições da Rede Cegonha. Revist. Port.: Saúde e Sociedade. 2018 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 3(1):694-709. Disponível em: https:// www.seer.ufal.br/index.php/nuspfamed/article/download/4241/4532
24. Lawn JE, Cousens S, Zupan J. 4 million neonatal deaths: when? Where? Why? Lancet. 2005 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 365(9462):891-900. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(05)71048-5
25. Gonçalves AC, Costa MCN, Barreto FR, Paim JR, Nascimento EMR, Paixão ES, Mota ELA. Tendência da mortalidade neonatal na cidade de Salvador (Bahia-Brasil), 1996-2012. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2015 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 15(3):337- 347. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292015000300009
26. Leal MC, Bittencourt SDA, Torres RMC, Niquini RP, Souza Jr PRP. Determinantes do óbito infantil no Vale do Jequitinhonha e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Rev Saúde Pública. 2017 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 51(12):1-12. https://doi. org/10.1590/S1518-8787.2017051006391
27. Kropiwiec MV, Franco SC, Amaral AR. Fatores associados à mortalidade infantil em município com índice de desenvolvimento humano elevado. Rev Paul Pediatr. 2017 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 35(4):391-398. http://dx.doi.org/10.1590/1984 0462/ ;2017;35;4;00006
28. Claeson M, Gillespie D, Mshinda H, et al. Knowledge into action for child survival. Lancet 2003 [Acesso em 14 de outubro de 2020]; 362(9380):323-327. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(03)13977-3