Qualidade de vida no trabalho e Burnout em equipes de Estratégia Saúde da Família
DOI: 10.15343/0104-7809.202044475485
Palavras-chave:
Qualidade de Vida. Estresse Ocupacional. Saúde do Trabalhador.Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar a Qualidade de Vida no Trabalho e Síndrome de Burnout dos profissionais de saúde que atuam na Estratégia de Saúde da Família de um município sul catarinense. Trata-se de um estudo transversal realizado com 145 profissionais de saúde. Os dados foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico, Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida – WHOQOL–bref, e Maslach Burnout Inventory (MBI). O teste de qui-quadrado de Pearson foi utilizado para quantificar a associação ou independência entre Qualidade de Vida e Síndrome de Burnout e variáveis relacionadas ao trabalho. Os resultados foram analisados através do Software SPSS e indicaram prevalência de despersonalização, desgaste emocional e realização pessoal média, havendo a possibilidade de evolução para um quadro de Síndrome de Burnout. Em relação à Qualidade de Vida, a maioria dos entrevistados apresentou domínio físico, psicológico e meio ambiente regular. Estes domínios estão diretamente relacionados com a ocupação profissional, sendo que os Agentes Comunitários de Saúde são os profissionais que mais necessitam melhorá-los, fato que pode estar relacionado com sua inserção na comunidade e atribuições da função. A pesquisa aponta o adoecimento dos trabalhadores da saúde relacionado ao sofrimento ocupacional. Destaca-se a necessidade de criação de estratégias de acolhimento, bem como ações de prevenção e recuperação da saúde destes profissionais.
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