Adesão terapêutica em idosos inseridos em um programa de atendimento em saúde
DOI: 10.15343/0104-7809.2018420410121031
Palavras-chave:
Adesão. Medicação. Cuidados. Idoso. Enfermagem.Resumo
Do ponto de vista epidemiológico, o aumento da população idosa acarreta aumento das doenças crônicas não transmissíveis tornando esta população a principal consumidora de medicamentos. O tratamento simultâneo de diversos problemas de saúde, comum em idosos, pode resultar em um regime terapêutico complexo e de longa duração requerendo o seguimento correto da terapêutica a fim de evitar consequências graves. Adesão ao tratamento é uma atitude ativa, com o envolvimento voluntário e colaborativo do paciente numa ação conjunta com o profissional. Assim, o objetivo do estudo foi descrever a adesão ao tratamento entre indivíduos idosos, que são inseridos em um programa de atendimento ao idoso com doenças crônicas. Tratou-se de uma análise descritiva, quantitativa, transversal. Participaram desta pesquisa 69 idosos, independentes nas suas atividades de vida diária, que não apresentavam problemas cognitivos e/ou psiquiátricos diagnosticados, e que frequentavam o serviço de atendimento na Paroquia Nossa senhora do Rosário há pelo menos um mês. Para coleta de dados demográficos e epidemiológicos foi utilizado um instrumento elaborado pelas autoras; para mensurar a adesão o Teste de Morisky-Green e a complexidade terapêutica por Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT). Quanto a presença de doenças, 46 (68,6%) informou ter hipertensão arterial e29 (43,3%) dislipidemia, 18 (26,9%) apresentam alta adesão e 49 (73,1%) média/baixa adesão; quanto a complexidade terapêutica mensurada pelo ICFT variou de 2,5 a 46,5 pontos entre os indivíduos que faziam uso de um a 12 medicamentos. Nesta amostra identificou-se média/baixa adesão com média complexidade terapêutica, deixando claro que o monitoramento e a educação em saúde devem ser priorizados pelo enfermeiro