Características das mães com filhos diagnosticados com Sífilis Congênita
DOI: 10.15343/0104-7809.201944585594
Palabras clave:
Perfil de Saúde. Mães. Sífilis Congênita.Resumen
O desenvolvimento de ações de saúde a partir dos aspectos sociais, culturais e econômicos é essencial. Assim, o objetivo do
estudo foi identificar as características socioeconômicas e clínicas das mães com filhos diagnosticados com Sífilis Congênita.
Trata-se de um estudo transversal, realizado com fichas de notificação de sífilis congênita, no período de 2010 a 2017 em
uma região de saúde do Nordeste brasileiro, totalizando 522 casos. Identificou-se um percentual de transmissão vertical
maior nas mulheres jovens, com idade mediana de 23 anos, 92% (f= 480) das mães se declararam como parda, 75,7%
(f= 395) eram donas de casa, e 44,1% (f = 230) possuíam escolaridade da 5ª a 8ª série incompleta. No que concerne as
características clínicas, verificou-se que 94,6% (f= 494) realizaram pré-natal, porém, menos da metade (46,9%; f= 245) foi
diagnosticada no mesmo período, bem como 55,6% (f = 290) receberam tratamento inadequado da sífilis. Observou-se
também, no que diz respeito a associação das características dessas gestantes e o pré-natal, uma diferença significativa
no “diagnóstico de sífilis materna” (p: 0,001) e “esquema de tratamento” (p: 0,0001). Dessa forma, os resultados deste
estudo são essenciais para o planejamento de saúde dos municípios, em que se reforça, a importância desses indicadores
e das situações de vulnerabilidades durante o acompanhamento pré-natal, sendo oportuno ainda, momentos de educação
permanente com os profissionais, afim de que os mesmos reconheçam o uso desses achados como ferramentas para a
prática em saúde.
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