Comparação da estatura aferida e estimada em idosos com diferentes classificações funcionais
DOI: 10.15343/0104-7809.202044445453
Palabras clave:
Estatura; Idoso; Fragilidade; Envelhecimento saudável.Resumen
Um dos efeitos do envelhecimento sobre o organismo é a redução da estatura, podendo superestimar o índice de
massa corporal (IMC). Hipotetiza-se que os idosos frágeis são mais afetados por este declínio estatural, no entanto isto
não está claro na literatura. O objetivo desse estudo foi comparar a estatura aferida e estimada e, o IMC derivados
de medidas aferidas e estimadas, em idosos de acordo com a classificação funcional. Estudo transversal com dados
secundários, realizado com idosos em atendimento ambulatorial, classificados em robustos, em risco de fragilização e
frágeis. A estatura estimada foi calculada a partir da altura de joelho e o IMC estimado com a estatura estimada. Na análise
estatística, teste ANOVA e o teste Hochberg's GT2 foram aplicados, na comparação das 3 categorias de funcionalidade.
A amostra foi composta por 116 idosos com média de idade 83,6 (8,5), maioria mulheres 73,0 (62,9%) e classificados
como robustos 54,0 (46,6%). A diferença encontrada para estatura foi 4,2 (5,2), 4,6 (4,9), 7,1 (5,3) cm respectivamente
para os idosos robustos, em risco de fragilização e frágeis (p=0,033), sendo esta diferença entre os robustos e os frágeis.
Resultado semelhante foi obtido avaliando-se a diferença entre os IMC’s (p=0,019). O estudo mostrou que os idosos
frágeis têm maiores diferenças entre a estatura aferida e a estimada, em comparação com os robustos, sugerindo que
os idosos frágeis têm mais comprometimento da estatura o que pode impactar diretamente no diagnóstico nutricional.
Sugere-se cautela na utilização da estatura aferida em idosos particularmente nos frágeis.
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