Vínculo no manejo da tuberculose na Atenção Primária à Saúde: ótica dos profissionais de saúde
DOI: 10.15343/0104-7809.202044433444
Palabras clave:
Tuberculose. Acolhimento. Relações Profissional-Paciente. Pesquisa sobre Serviços de Saúde. Atenção Primária à Saúde.Resumen
O modo como as unidades de saúde pertencentes à Atenção Primária à Saúde (APS) se organizam é considerado um
elemento potencial em promover a construção de vínculo entre profissionais e doentes de tuberculose (TB). Objetivouse
analisar o vínculo para o manejo do cuidado ao doente de TB na APS no município de Porto Velho-RO, na percepção
dos profissionais de saúde. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo inquérito, realizado de forma transversal a partir
de abordagem quantitativa, com enfermeiros, médicos, técnicos/auxiliares de enfermagem e Agentes Comunitários de
Saúde, por meio de entrevista utilizando a dimensão referente ao vínculo do questionário Primary Care Assessment Tool
(PCATool), que possui a escala Likert como categorias de respostas, e analisados pela classificação da média dos escores
em insatisfatório (valores entre um e dois), regular (próximo a três) ou satisfatório (entre quatro e cinco), após atendidos
os preceitos éticos. Foram entrevistados 266 profissionais de saúde, cuja percepção, independentemente da categoria
profissional, foi satisfatória de modo geral para o vínculo, em relação à corresponsabilização dos casos de TB, aceitabilidade
e necessidade de incentivos, além da avaliação do processo de trabalho da equipe de saúde, no entanto, mostrou-se regular
quanto ao estigma da doença, o que dificulta mudanças no processo de trabalho das equipes de forma a potencializar as
relações bilaterais. Diante desses achados, identifica-se a necessidade de reconhecer que a TB afeta todos os aspectos de
vida e que o foco do cuidado longitudinal deve estar subjacente a todos os outros fatores relacionados ao tratamento.
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