Fatores relacionados à queda em mulheres ativas a partir de 50 anos: aspectos clínicos e funcionais associados
DOI: 10.15343/0104-7809.202044183192
Palabras clave:
Saúde do Idoso. Saúde do Adulto. Equilíbrio Postural. Força Muscular.Resumen
A queda é um problema de saúde pública pois resulta em danos físicos, psicossociais e econômicos. Identificar fatores
relacionados ao risco de cair em uma determinada população permite desenvolver atividades preventivas mais específicas.
Objetivou-se associar características clínicas e funcionais ao histórico recente de queda em mulheres de meia idade e idosas.
Participaram do estudo 152 mulheres ativas fisicamente, sendo que 50 destas, possuem relato de queda (s) nos últimos doze
meses. Verificou-se o autorrelato de comorbidades clínicas e a funcionalidade motora por meio do Teste de Sentar e Levantar
da Cadeira por 30’’ (TSL) e do Balance Evaluation System Test (BESTest). Aplicou-se correlação de Spearman e uma análise de
regressão logística com método foward stepwis, considerando-se p≤0,05. A idade correlacionou-se inversamente com todos os
itens do BESTest. Foram variáveis independentes preditoras de queda (s) pregressa (s): número de comorbidades (p=0,017), ter
desempenho de 8 repetições ou menos no TSL (p=0,036), ter pontuação de 86,7% (13 pontos) ou menos no BESTest I (p=0,038),
sendo indicio ter pontuação de 73,3% (11 pontos) ou menos no BESTest V (p=0,050). Houve associação entre o histórico de
queda e a alteração da força muscular dos membros inferiores e do equilíbrio postural, relacionado às restrições biomecânicas
e à orientação sensorial nas mulheres em transição etária do estudo. Conclui-se que, mulheres a partir de 50 anos, ativas
fisicamente, com histórico de quedas, apresentam como fatores associados ao risco de cair o número de comorbidades e o
menor desempenho motor.
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