Hábitos alimentares e imagem corporal entre frequentadores de academias
DOI: 10.15343/0104-7809.20194301227248
Palabras clave:
Exercício. Imagem Corporal. Consumo alimentar. Alimentação.Resumen
Embora o exercício físico regular seja amplamente recomendado para promover saúde e melhorias na qualidade de vida, pessoas jovens comumente relatam se exercitar principalmente para controle de peso e por motivos relacionados à sua aparência física. O objetivo do estudo foi avaliar o grau de satisfação corporal e sua associação com hábitos alimentares de indivíduos que se exercitam em academias de ginástica. Trata-se de um estudo transversal contendo 432 adolescentes e adultos jovens (homens = 39,8%, mulheres = 60,2%). Aplicou-se um questionário de autopercepção corporal e escala de silhuetas para avaliar a imagem corporal, e questionário de consumo alimentar, cuja pontuação foi calculada por meio da fórmula: Escore alimentar = (total de pontos obtidos ÷ máximo de pontos possíveis de acordo com o número de itens preenchidos) x 100. A escala de pontuação varia de 0 a 100 e quanto maior a pontuação maior a inadequação dos hábitos alimentares. O teste do qui-quadrado foi empregado para analisar a associação entre o grau de satisfação corporal e a ingestão dos grupos alimentares, valor de p <0,05 foi considerado significante. A prevalência total de insatisfação corporal foi de 75,7% sem diferença significante entre os sexos. Os homens mostram-se mais “insatisfeitos pela magreza” (58,2%), enquanto as mulheres estavam mais “insatisfeitas pelo excesso de peso” (46,5%). Os indivíduos “satisfeitos” com sua imagem corporal apresentaram menor pontuação no questionário de consumo alimentar (46,96 pontos) em comparação aos “insatisfeitos” (p <0,05) e, portanto, os “satisfeitos” apresentaram maior frequência de ingestão dos grupos dos vegetais, legumes e frutas (p <0,05). A associação entre a insatisfação corporal e os grupos alimentares revelou que pessoas “insatisfeitas pela magreza” apresentaram maior frequência de consumo de produtos industrializados, refrigerantes e ovos, enquanto que os “insatisfeitos pelo excesso de peso” possuíram maior frequência de consumo de doces e balas. Observou-se neste estudo alta prevalência de insatisfação corporal entre indivíduos jovens que frequentam academias de ginástica, a qual esteve associada à maior frequência de inadequação alimentar.