Cuidando do Cuidador em UTIs Pediátrica e Neonatal

DOI: 10.15343/0104-7809.200832.1.3

Autores/as

  • Maria Julia Kovács Professora Livre Docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte
  • Ingrid Esslinger Psicóloga, psicoterapeuta. Doutora em Psicologia. Membro do Laboratório de Estudos sobre e Morte do Instituto de Psicologia da USP.
  • Nancy Vaiciunas Psicóloga. Membro do Laboratório de Estudos sobre a Morte. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
  • Telma Moreira Souza Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Coordenadora Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Hospital Universitário da USP.

Palabras clave:

Morte. Cuidados. Unidade de terapia intensiva-crianças.

Resumen

A morte é vista como vergonha e fracasso, evento a ser combatido a todo custo. A equipe de enfermagem lida com as perdas, dor, morte
e luto no seu cotidiano. Após terem participado do curso: “Os profissionais de saúde e educação: A morte na prática do seu cotidiano” uma equipe
de enfermagem de um hospital público de São Paulo, buscou a colaboração dos profissionais do Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto
de Psicologia da USP para lidar com as situações acima referidas, o que motivou a criação do projeto “Cuidando do cuidador no contexto hospitalar”.
Neste artigo apresenta-se a modalidade de trabalho denominada de Reuniões Temáticas com os seguintes objetivos: a)aquecimento da equipe para o
tema central a ser abordado; b) aprofundamento do tema trazido pela equipe; c) planejamento da ação de cuidados pensada pelo grupo. As atividades
foram: relaxamento, desconexão, introspecção, participação em atividades expressivas e relatos verbais. O trabalho foi realizado na UTI Pediátrica e
Neonatal do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (UTIP/N-HU-USP), a partir do atendimento de uma criança com doença congênita
grave que demandava internação em Unidade de Terapia Intensiva. Participaram 10 profissionais da equipe de enfermagem desta unidade. A demanda
inicial era aprender a lidar com a morte para “não sentir dor” e evitar um envolvimento intenso com seus pacientes. Entre os temas apresentados
nesta reunião temática estão os seguintes: 1) Maior identificação com o papel de mãe do que com o de enfermeira; 2) Rompimento de vínculos; 3)
O mundo da paciente (internada em UTI desde seu nascimento); 4) O inexorável: a morte; 5) A criança interna. Foi possível lidar com os sentimentos
de cada membro do grupo e de seu conjunto percebendo as potencialidades e as fragilidades da equipe diante desta situação, respeitando-se os
limites de cada pessoa, abrindo espaço para o planejamento de ações e estratégias de cuidado dentro da instituição.

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Publicado

2008-01-01

Cómo citar

Kovács, M. J. ., Esslinger, I. ., Vaiciunas, N. ., & Moreira Souza, T. (2008). Cuidando do Cuidador em UTIs Pediátrica e Neonatal: DOI: 10.15343/0104-7809.200832.1.3. O Mundo Da Saúde, 32(1), 24–30. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/815