Soroprevalência de infecção pelo HIV, hepatites B e C e sífilis em presidiários da região central do Rio Grande do Sul, Brasil
DOI: 10.15343/0104-7809.20194301117128
Palabras clave:
Prisões. Sífilis. Hepatite. HIV. Epidemiologia.Resumen
As condições de vida da população prisional favorecem a disseminação de doenças infecciosas muitas vezes assintomáticas que podem ser disseminadas à comunidade. O objetivo desse trabalho foi estimar a prevalência de sífilis, HIV, hepatite B e C, bem como possíveis co-infecções em população prisional de presídio na região central do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo descritivo transversal dos registros de análises sorológicas de apenados do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, realizadas entre janeiro de 2016 e junho de 2017. Os dados foram obtidos dos registros do 13º Laboratório Regional de Santa Cruz do Sul. No estudo foram incluídos todos os registros sorológicos obtidos referentes às seguintes doenças: sífilis, HIV e hepatites B e C. Foram analisados dados de 349 apenados com idade média de 31 (± 8,56) anos, variando de 18 a 59 anos, com predomínio do sexo masculino 86%. Resultados positivos: 6% para sífilis, 4,9% para HIV e 8,3% para hepatite C. Com relação a hepatite B obteve-se 86% dos indivíduos suscetíveis ao vírus, 1,1% em fase aguda, 1,4% em fase crônica, 5,7% como infecção passada e 2,2% na fase de janela imunológica. As co-infecções diagnosticadas foram: sífilis/hepatite C, 0,3% (n = 1); HIV/hepatite B, 0,6% (n = 2) e HIV/hepatite C e sífilis/HIV ambas com prevalência de 0,9% (n = 3). O ambiente prisional fornece dados de uma população de alto risco para disseminação de doenças infecciosas e encontramos alta prevalência neste estudo. Medidas de combate como informação, identificação e tratamento são urgentes para evitar a disseminação destas doenças.