Violência contra crianças: desafios só para médicos?

DOI: 10.15343/0104-7809.200933.1.8

Autores/as

  • Léia Priszkulnik Doutora em Psicologia Clínica, Instituto de Psicologia da USP. Psicanalista. Professora Doutora, pesquisadora e orientadora do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Palabras clave:

Violência. Criança. Equipe de assistência ao paciente.

Resumen

Este artigo aborda a violência contra crianças e os desafios para os atendimentos desses casos, que, necessariamente, não
competem apenas aos médicos. Segundo a OMS, a violência deve ser tomada como uma questão de saúde pelo fato de se constituir em
uma ameaça à vida. Trata-se de um fenômeno mundial que atinge todas as camadas sociais, está presente em todos os países e atinge
até crianças. Se a violência deve ser tomada como uma questão de saúde, além dos médicos, os psicanalistas, que trabalham na área
da saúde, também podem estar habilitados a lidar com ela. A violência contra crianças durante muito tempo foi encarada como algo
natural e normal pelos pais, pelos médicos, pela justiça, etc. (caso Mary Ellen). No século XX, a situação se modifica com a descoberta,
valorização, defesa e proteção da criança (ONU e os Direitos da Criança e ECA no Brasil). Delgado, do Ministério da Saúde, afirma que
a violência é um dos principais fatores de agravamento das condições de saúde da população e é um dos desafios da saúde pública. O
trabalho na rede pública ampliada está sendo desenvolvido por equipes multiprofissionais. O psicanalista pode ajudar as pessoas afetadas
pelas várias formas de violência, abrindo espaço para o sujeito da palavra, já que falar produz efeitos terapêuticos e, como Freud
afirmou, mais de uma vez, o objetivo da psicanálise é diminuir o sofrimento humano. Os desafios não cabem apenas aos médicos e os
psicanalistas podem fazer parte das equipes multiprofissionais.

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Publicado

2009-01-01

Cómo citar

Priszkulnik, L. . (2009). Violência contra crianças: desafios só para médicos? DOI: 10.15343/0104-7809.200933.1.8. O Mundo Da Saúde, 33(1), 58–63. Recuperado a partir de https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/785