Detecção de estruturas parasitárias em hortaliças comercializadas em Parnaíba, Piauí
DOI: 10.15343/0104-7809.20194301083100
Palabras clave:
Parasitos; Hortaliças; Contaminação; Saúde Pública.Resumen
Em razão das precárias condições de saneamento básico, os parasitos contaminam o ambiente assim como águas e alimentos. As hortaliças, devido sua estrutura e a forma de seu cultivo, são consideradas importantes vias de disseminação das parasitoses. O presente estudo visou determinar os níveis de contaminação obtidos a partir da análise de hortaliças comercializadas em feiras livres, estabelecimentos comerciais de médio porte e supermercados da cidade de Parnaíba-Piauí. Foram analisadas 60 amostras, metade delas de alface (Lactuca sativa) e a outra de cheiro-verde, constituído por coentro (Coriadrum sativum) e cebolinha (Allium sp.) – provenientes dos seis principais locais de comercialização da cidade de Parnaíba-Piauí. Para análise das amostras foram utilizados os métodos de Faust et al. e Hoffman et al.. Dentre as amostras analisadas dos seis centros comerciais que fizeram parte deste estudo, 86,7% das amostras de alface e 96,7% das amostras de cheiro-verde encontraram-se contaminadas pelas estruturas parasitárias: larvas rabditoides de helmintos (larvas rabditoides, sugestivas para Strongyloides stercoralis ou Ancylostoma sp.), ovos da família Ancylostomatidae, cisto de Entamoeba coli, ovo de Toxocara sp., cisto de Entamoeba histolytica/E. dispar e ovo de Ascaris lumbricoides. Esse estudo se mostrou eficaz na detecção de parasitos nas amostras analisadas, uma vez que os resultados obtidos permitiram determinar quais estabelecimentos possuíam amostras de hortaliças contaminadas e quais os parasitas são mais frequentemente encontrados.